O secretário de Projetos Especiais da Prefeitura, o engenheiro Antonio Carlos Berbert, esteve na sessão ordinária da Câmara Municipal, na última quinta-feira, 18, para informar aos vereadores sobre o andamento das obras com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Nova Friburgo.
Segundo o engenheiro, a canalização do Rio Bengalas passou por um processo complicado durante o governo anterior. Uma série de intervenções da Caixa Econômica Federal e das empresas concorrentes, relativas a problemas técnicos dos editais de licitação apresentados, atrasou em um ano o aporte de verbas da União para as obras.
"Apenas em 28 de dezembro de 2008, o contrato com a Caixa foi assinado para a liberação do investimento federal”, disse o secretário. A partir de então, a nova administração, que assumiu em primeiro de janeiro de 2009, herdou a missão de iniciar as obras e concluí-las no prazo de dois anos (12 meses anteriores foram praticamente perdidos em dúvidas lançadas sobre os editais de concorrência pública).
Apesar do início atribulado, as obras já se encontram em estágio avançado, de acordo com o secretário. O engenheiro Berbert, responsável pelo cumprimento do cronograma do projeto, explicou que a execução dos muros de contenção das margens, tecnicamente descritos como cortinas atirantadas, segue simultaneamente à escavação do fundo do Rio, a fim de evitar desabamentos durante os trabalhos.
O distrito de Conselheiro Paulino, ponto crítico do curso do rio Bengalas, foi escolhido como ponto inicial da obra. O objetivo é eliminar, de forma rápida, os riscos de enchentes encontrados, principalmente na região do Prado. Segundo o secretário de Projetos e Obras Especiais, toda a extensão do Rio, até a etapa já concluída, no centro da cidade, será contemplada pelas melhorias da construção do canal.
Cerca de R$ 58 milhões serão investidos durante a execução do projeto, que, de acordo com Berbert, está sob avaliação quanto à necessidade ou não da construção da laje de fundo, que impediria futuras escavações no leito do rio.
Rio Cônego recuperado
As obras de contenção, drenagem e construção de pequenos reservatórios de água no rio Cônego também estão em curso, incluídas, a exemplo do rio Bengalas, nos investimentos do PAC. Cerca de R$ 1,5 milhão foi empregado na recuperação de trecho daquele rio, na altura do antigo campo do coqueiral, na Via Expressa, que sofria com quedas de barreiras, aumento do volume de água e desabamento de suas margens.
O engenheiro Berbert afirmou ainda que em 60 dias os trabalhos estarão concluídos, eliminando os riscos de enchentes e erosão das encostas. Com a instalação de “escadas de concreto” (reservatórios) ao longo do rio, a velocidade e a força do movimento da água serão diminuídos, evitando a violência e o impacto às margens e paredes laterais.
Semanalmente, técnicos da Caixa Econômica Federal se reúnem com os responsáveis pela obra e avaliam o andamento dos trabalhos. As atas desses encontros são imediatamente disponibilizadas, via internet, ao gabinete da Presidência da República, que acompanha os resultados online, através da Chefia da Casa Civil. O Secretário negou qualquer possibilidade de atraso no cronograma de obras, conforme chegou a ser ventilado por um vereador oposicionista.
Fonte: Friweb
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