
Quando exonerou Adriana, há dois anos, o senador negou que ela fosse parente e até ironizou as acusações, afirmando que o sobrenome Crivella é tão comum entre os descendentes italianos como é Silva entre os brasileiros. Na ocasião, chegou a dizer até que era coincidência ter uma assessora com o mesmo sobrenome. Mas a estratégia de negar o parentesco não resistiu a uma análise sobre os ascendentes do senador. O Correio Braziliense falou com familiares de Crivella e apurou que Adriana é filha de Vicenzo Crivella, primo do pai do senador, Múcio Crivella. Vicenzo tem uma empresa de reformas de ônibus em Nova Iguaçu (RJ) e seus funcionários conhecem bem o parentesco entre o patrão e o parlamentar.
A própria servidora do Senado admite o parentesco, antes negado pelo senador. “Somos realmente primos. Mas somos distantes. Nossos pais nem cresceram juntos”, diz. Adriana só não consegue explicar direito qual é a sua função na equipe do primo. “Não sou secretária, não. Faço serviços para ele aqui no Rio. Projetos em geral”, afirma Adriana.
Idas e vindas
Após ser exonerada do cargo que exercia no Senado, logo depois que a Justiça proibiu a contratação de parentes, Adriana Crivella morou no exterior. Voltou a frequentar o escritório político do parlamentar no Rio de Janeiro durante a campanha deste ano e há pouco mais de um mês voltou a exercer o cargo de confiança no Senado. Mas não tem aparecido por lá, segundo pessoas que trabalham no gabinete.
O sumiço da prima do senador é percebido também na página da transparência da Casa. Adriana não aparece na lista de servidores, apesar de ter sido nomeada no início do mês. Segundo a assessoria da Casa, seu nome só passa a fazer parte do sistema depois que ela entregar um termo de exercício ao Departamento de Recursos Humanos.
Comentário do blog: Gostaria de saber do senador, o que ele teria a dizer aos mais de 3 milhões de brasileiros que o reelegeram!
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