domingo, 9 de janeiro de 2011

Fundação Sarney

Fundação Sarney busca apoio estatal e vira trending topics no twitter

Enquanto briga na Justiça para continuar instalada no Convento das Mercês, em São Luís, a Fundação José Sarney não só mantém as portas abertas como se prepara para, neste ano, buscar patrocínio da iniciativa privada e de governos.

Mesmo após denúncias de desvio de verbas e apropriação indevida, a fundação continua a tocar ações sociais e a exibir o acervo de José Sarney (PMDB-AP).

A principal mudança no prédio foi a substituição da lápide em granito negro - reservada para o mausoléu de Sarney- por uma fonte e uma estátua em bronze em tamanho natural do senador sentado num banco, lendo um livro, sob palmeiras.

A intervenção foi feita em 2010 e custou cerca de R$ 5.000, segundo Joaquim de Itapary, membro do conselho curador e presidente interino da fundação. O senador pagou pela estátua e o plano é comprar outras, de autores brasileiros, para o local, batizado de "Jardim dos Poetas".

O projeto, diz Itapary, esbarra na falta de recursos. "Precisamos de verbas. Estamos fazendo das tripas coração para recuperar a imagem e retomar projetos sociais."

A fundação continua mantendo escola de música e cursos profissionalizantes, com recursos privados. Mas a prioridade é recuperar pilastras do prédio, que precisaram de escoras para não cair.

Mas, em agosto, na gestão Roseana, o caixa da entidade foi reforçado com o reajuste do aluguel de casa, ocupada pela Secretaria de Educação, com dispensa de licitação.

O valor praticamente dobrou, saltando de R$ 5.000 para R$ 9,4 mil. Quatro meses antes o governo havia se comprometido a pagar R$ 338.400 referentes a aluguéis atrasados, conforme publicação no "Diário Oficial do Estado do Maranhão".

Desde que foi acusada de desviar recursos, em janeiro de 2010, a fundação não recebe verbas públicas. As contas dos últimos quatro anos foram rejeitadas pelo Ministério Público do Maranhão, que move processo por improbidade contra a entidade. Sarney diz que não é responsável pela fundação porque não faz parte da sua gestão.

Folha.com

Os twitteiros protestam, considerando, em sua maioria, como revoltante a busca pelo "apoio", no que estão cobertos de razão.

Se Sarney pretende manter aberta uma Fundação sobre a sua trajetória, que o faça de recursos próprios, né não? Até porque, diferentemente dos brasileiros que percebem um salário mínimo (do mínimo), não tiveram a mesma sorte que ele, enquanto senador, que terá um aumento de mais de 60% no seu salário, fora os benefícios.

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