quarta-feira, 8 de junho de 2011

Palocci caiu. Assume Gleisi

Perda de popularidade definiu queda de Palocci

A presidente Dilma Rousseff decidiu demitir seu principal auxiliar, Antonio Palocci, após ser informada que pesquisas já apontavam desgaste do governo por conta da crise envolvendo aquele que foi um dos responsáveis pela arrecadação para sua campanha, informa reportagem da Folha.

Ela confidenciou a assessores que não podia deixar uma crise pessoal contaminar e paralisar seu governo.

Palocci entregou nesta terça-feira (7) carta à presidente solicitando o seu afastamento do governo federal. Segundo nota divulgada pela Casa Civil, o ministro quis evitar que o "embate político" prejudicasse suas atribuições no governo". A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) vai assumir a Casa Civil.

A crise que levou à saída de Palocci teve início no dia 15 de maio, após a Folha revelar que o ministro multiplicou seu patrimônio por 20 entre 2006 e 2010.

Em entrevistas, o ministro negou irregularidades na atividade da empresa, mas se negou a revelar quem eram seus clientes alegando "cláusula de confidencialidade". O ex-ministro atribuiu as acusações contra ele a uma "luta política".

Gleisi é conhecida por ser 'pitbull' do governo no Senado

Escolhida para assumir a Casa Civil, a nova ministra Gleisi Hoffmann (PT) é chamada pela oposição de "pitbull do Senado" e "dama de ferro" por fazer defesas enfáticas do governo em seus três meses no Senado.

Gleisi disse ter sido escolhida para que faça o acompanhamento técnico dos projetos do governo. "Ela [Dilma Rousseff] disse que meu perfil se encaixa ao que ela pretende agora na Casa Civil. A presidenta quer uma gestão mais técnica na Casa Civil", afirmou em sua primeira e breve entrevista após ser confirmada no cargo.

Cercada pela bancada do PT no Senado, Gleisi disse em entrevista que era uma "pena perder o ministro Palocci". Mas afirmou não acreditar em "maldição" na Casa Civil, que já foi palco de outros escândalos.

No Senado, ela apresentou projetos para "moralizar" a gestão pública e propôs regulamentar o teto constitucional para pagamentos aos servidores públicos, além de limitar o mandato de senador para só uma reeleição.

Folha

Como eu sempre comento ao amigo e leitor do TNF: Difícil é casar o discurso com a prática. A então senadora, e agora Ministra da Casa Civil - Gleisi Hoffmann, apresentou um projeto para "moralizar" a gestão pública, mas lamenta a saída do seu colega de partido, Antonio Palocci. É ou não é um contrassenso?

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