Lauro Boto, capitão do Corpo de Bombeiros e uma das lideranças do movimento, afirmou nesta quarta-feira, 08, que os companheiros só vão descansar depois que resgatarem os militares presos durante a invasão do quartel central, ocorrida na noite de sexta-feira. "O que a gente quer é voltar a trabalhar normalmente, mas não vamos descansar enquanto não resgatarmos nosso pessoal", disse Lauro em entrevista à Rádio Band News.
Enquanto os bombeiros continuam presos, manifestações de apoio à greve dos militares vão se multiplicando pelo Rio, as redes sociais e pela classe política.
Ontem, em sessão ordinária da Câmara Municipal, por unanimidade, os vereadores friburguenses aprovaram VOTO DE REPÚDIO com o Governador Sérgio Cabral, por vilipendiar a dignidade e os inalienáveis direitos dos Servidores Públicos do Estado do Estado do Rio de Janeiro, no caso os bombeiros.
Repórter de O DIA mostra as condições que os militares estão vivendo. Confira o vídeo:
Governo do Estado estuda aumento e Cabral ironiza sobre sua queda de popularidade
O governo estuda a possibilidade de estender para os bombeiros a gratificação de R$ 350 já recebida pelos policiais militares. A concessão do benefício e do vale-transporte ajudaria a equiparar os bombeiros aos PMs.
A necessidade de resolver a crise aumentou depois que o marqueteiro Renato Pereira, da agência Prole, mostrou a Sérgio Cabral pesquisa que mostra queda em sua popularidade e o apoio dos moradores do Rio aos bombeiros. O governador ironizou: disse a Pereira que ele poderia se sentar em sua cadeira para equacionar o problema.
Para muitos bombeiros, Cabral não gosta deles. Isto, por causa da vaia que, em 2009, no Maracanãzinho, integrantes da corporação deram no governador.
As informações são do Estadão e O Dia
Em solidariedade aos heróis que têm sido tratados como bandidos, coloque um pano vermelho em sua janela. Vamos mostrar nosso apoio aos bombeiros do Estado do RJ, que recebem o pior salário do Brasil!
Um comentário:
Por que o ato dos bombeiros cria um precedente perigoso
Os bombeiros assim como qualquer categoria têm o direito de pedir melhoria salarial, ocorre que por servirem junto com a PM, sob regime militar, lhes é vetado o direto à greve. Nos últimos dias o que tenho visto no Rio é um circo. Uma categoria que vem sendo “doutrinada” por políticos faz meses, chega ao ponto de rasgar sua lei militar, invadir um quartel, ocupar e inutilizar viaturas.
Ora, isso é inadmissível em um estado de direito. Imaginemos se médicos decidem fazer greve, invadir hospitais, furar pneu das ambulâncias e trancar as portas; E se um dia policiais em greve ocuparem os presídios e ameaçarem soltar os presos? Não obstante, teríamos ainda a possibilidade de Soldados do exército em greve, colocarem tanques para obstruir vias. Pergunto: Onde a sociedade vai parar? É esse o precedente que a sociedade deseja abrir com os bombeiros?
Para que não corramos esse risco há uma legislação militar que rege as FFA, Bombeiros e a PM. Independente de qualquer pleito salarial, ela tem de ser respeitada. No momento em que a sociedade permitir que essa lei seja ignorada, estará pondo em risco sua própria ordem.
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