quarta-feira, 27 de julho de 2011

Aécio tenta atrair Marina para projeto de 2014

Sem partido e com um poderoso cacife eleitoral que rendeu quase 20 milhões de votos nas eleições presidenciais de 2010, a ex-senadora Marina Silva (AC) está na mira do tucanato mineiro. Na avaliação de integrantes do PSDB, uma aproximação com a ex-verde poderia impulsionar uma possível candidatura do senador tucano Aécio Neves à Presidência em 2014, além de uma virtual empreitada para a disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte no ano que vem.

O primeiro passo dessa tentativa de aproximação foi dado pelo governador Antonio Anastasia (PSDB). Antes de embarcar no fim de semana para uma viagem oficial ao Japão, ele assinou decreto concedendo a Marina o título de cidadã honorária de Minas Gerais.

Apontado como possível candidato à Prefeitura da capital mineira, o deputado estadual Délio Malheiros (PV), afirma que não foi apenas o cacife eleitoral de Marina que pesou para ela se tornar cidadã mineira, mas também respeito a ela e ao seu eleitorado mineiro.

Mas o parlamentar assume que o apoio de Marina também pode ajudar nos projetos em torno da Prefeitura, em 2012, e da Presidência, em 2014, apesar de ela ter se recusado a apoiar o então candidato do PSDB, José Serra, no segundo turno.

Marina tem boa relação com Aécio, Anastasia e o deputado Malheiros, mas também tem forte ligação com o candidato derrotado ao governo de Minas, o ex-deputado José Fernando Aparecido, que também deixou o PV no início do mês e atacou duramente o governo mineiro, durante a campanha.

A trajetória de Marina Silva

Marina Silva construiu sua vida parlamentar no PT do Acre, e pelo partido foi senadora por 16 anos, até 2003. Em seguida, foi ministra do Meio Ambiente no governo Lula de 2003 até 13 de maio de 2008. Deixou o partido em junho de 2009 para se candidatar à Presidência da República pelo PV e ficou na terceira posição.

Ao deixar o PV, no início do mês, a senadora Marina Silva anunciou que iria se dedicar à formação de um movimento suprapartidário - que, eventualmente, pode se tornar um partido político ainda no ano que vem. Nessa tarefa, ela tem tido contatos com políticos do PT (Alessandro Molón, do Rio), PDT (José Reguffe, do Distrito Federal) e PSB (Luiza Erundina, de São Paulo), além de Heloísa Helena, hoje vereadora do PSOL em Maceió.

Informações do Estadão

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