domingo, 11 de março de 2012

Jornalista David Massena assume a Secretaria Municipal de Cultura

A Cultura de Nova Friburgo agora tem um novo gestor. Na última semana tomou posse como secretário municipal de Cultura, o jornalista David Massena. Considerado por muitos um homem polivalente, David tem muita intimidade com o mundo das artes e da cultura. O jornalista também já foi bailarino, carnavalesco, jurado de desfiles de escolas de samba e comentarista de TV e Rádio, isso para citar apenas algumas das
atividades já realizadas pelo novo secretário, que também já esteve à frente da Comunicação da Prefeitura de Nova Friburgo.

Um dos trabalhos mais relevantes do novo secretário de Cultura é a sua coluna semanal “Em Foco”, no jornal A Voz da Serra. A coluna começou há mais de 30 anos e já faz parte da rotina dos leitores friburguenses.

Para David Massena, que lançou recentemente o livro “Até Quarta-feira”, que traz um histórico detalhado do Carnaval Friburguense, seu maior orgulho atualmente é poder contribuir cada vez mais para a cidade que tanto ama e adotou como sua, isso há muitos anos.

Confira agora uma entrevista com o novo secretário de Cultura de Nova Friburgo, que pretende fazer uma verdadeira revolução na Cultura e diz se sentir um guerreiro para enfrentar as dificuldades e espera poder contar com o apoio da classe artística e da população para fazer uma gestão de qualidade à frente da Secretaria Municipal de Cultura.

O que representa assumir a Secretaria de Cultura?

É uma grande responsabilidade, prometo fazer o melhor, podem ter certeza. É uma questão de honra para mim, frente à Secretaria de Cultura, valorizar os artistas friburguenses. Eu fui artista, bailarino, ator, logo, me sinto com uma responsabilidade muito grande de abrir caminhos, fomentar e incentivar a descoberta de novos talentos. E propiciar que todos os talentos da nossa cidade se sintam protegidos, e incentivados para que estudem, aconteçam e brilhem cada vez mais.

Qual o traço mais marcante da Cultura friburguense?

Eu acho que o friburguense tem talento, e isso para todas as vertentes e segmentos artísticos. Nós temos bailarinos, por exemplo, oriundos de escolas de dança de Nova Friburgo, que hoje brilham em companhias internacionais, e isso é uma alegria para nós. Assim como nós temos artistas brilhantes com exposições fora de Friburgo. Também temos atores maravilhosos, como Gabriel Borges, que é da nova geração. Na
Orquestra de Metais da Petrobras temos o friburguense Vinícius Lugon, que está brilhando, e é oriundo das Bandas de Música da nossa cidade. Não podemos esquecer da Andréia Cavalcante, que faz coaching (capacitador / recrutador) de atores na TV Globo. Tem também a Eliane Heringer, que é uma das mestras da cenografia de televisão, que viaja o mundo inteiro ministrando workshops em diversas redes televisivas da Europa. Por isso temos que abraçar todos esses talentos, pedir ajuda e
abrir caminhos para os novos que vão surgir e para os que estão aqui, que muitas vezes precisam apenas de um “empurrãozinho”. Os nossos artistas precisam muitas vezes de um tratamento com dignidade, apoio, um bom palco, uma competente mesa de luz, um bom som. Isso para que todos possam brilhar cada vez mais.

O que a Cultura de Nova Friburgo precisa atualmente?

A Cultura em Nova Friburgo precisa só de “um pouco de óleo nessa engrenagem”. E o “óleo dessa engrenagem” é a efetiva participação da população, principalmente da classe artística local. Eu não vou conseguir realizar efetivamente nada se eu não tiver com os artistas ao meu lado. Quero ter a alegria de poder propiciar a eles, com
dignidade, a possibilidade de espaços, para que eles evoluam, para que eles possam apresentar seus trabalhos. Quero ser um ombro amigo, um ouvido pronto e atento para ouvir suas demandas e necessidades. O subsecretário de Cultura é um representante da classe artística, abrindo assim um diálogo democrático entre a classe artística e o poder público.

Qual é o seu maior desafio hoje como secretário de Cultura?

É fazer uma revolução em dez meses. Mas eu não tenho medo. Eu sou guerreiro e conto com o apoio da classe artística e da população para isso.

O que você mais gosta de fazer nas horas vagas?

Eu não tenho horas vagas (risos). Eu gosto muito de escrever, ler, de ouvir as pessoas, contar histórias, ouvir as histórias dessas pessoas. Elas me servem sempre como um incentivo para mudar o que é necessário na cidade que eu tanto amo. Eu não sou friburguense de nascimento, mas sim de coração. Foi em Friburgo que eu fiz a minha vida, a minha carreira. Eu tenho um orgulho imenso de estar nesta cidade e,
investido nesse cargo (secretário de Cultura), que eu sei que é passageiro, mas que dentro desse processo de ter sido escolhido, de ter sido convidado, eu devo ter um pouco de talento e competência para assumir essa função. Espero poder receber o carinho da população, não o reconhecimento, mas sim o carinho. Eu quero levar a música, o teatro, a dança e muito mais para as periferias, para Campo do Coelho,
Varginha, Nova Suíça e todos os bairros. Acho que todos nós precisamos viver esses bons momentos que só a cultura pode proporcionar. Isso porque a arte é que é modificadora. O resto molda, mas só a arte é capaz de modificar o ser humano, capaz de mostrar uma Nova Friburgo mais bonita. O que nós estamos precisando é isso, principalmente depois de tudo o que nós passamos, precisamos ter olhos mais brilhantes, mais esperançosos. Precisamos perceber o azul do céu de Nova Friburgo, que não tem igual, perceber o talento do friburguense, assim como a marcante afetividade e a decência do nosso povo, dessa cidade que quer crescer, que quer caminhar. Eu acho que a Cultura pode contribuir muito para isso.

Nenhum comentário: