quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Dados da Caixa mostram disparada nos gastos com propaganda de programa habitacional

O site da revista “Veja” publicou na segunda feira (21) reportagem baseada em informações fornecidas pelo líder da Minoria na Câmara, Nilson Leitão (PSDB/MT), que revelam uma disparada recente dos gastos com propaganda do programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida”.

Apenas neste ano, na comparação com 2012, o aumento nos gastos com propaganda são superiores a 900%. Os dados foram disponibilizados pela Caixa Econômica Federal a pedido do tucano.
Os documentos recebidos pelo gabinete mostram que, em 2011, o banco gastou R$ 261 mil para divulgar o programa. Em 2012, o montante subiu para R$ 1,7 milhão. E neste ano, apenas entre janeiro e julho, o banco já havia destinado R$ 15,7 milhões para essa finalidade.

Mesmo que o banco público não gaste mais um real até o fim do ano para propagandear o Minha Casa, Minha Vida, o valor significará um aumento de 923% na comparação com todos os gastos de 2012. Em relação a  2011, o aumento é superior  a 6.000%.

Na verdade é muito mais uma propaganda promocional do governo federal de forma eleitoreira do que de fato um resultado. A diferença do que se gastou em 2011 e 2012 para 2013 é um valor absurdo sem nenhuma justificava porque não aumentou a oferta de casas no Minha Casa Minha Vida”, explicou o tucano.

Como aponta o site da revista, a Caixa sequer apresenta uma explicação clara sobre a elevação tão significativa dos gastos. O fato é que o banco não economizou: contratou celebridades como Camila Pitanga e Regina Casé para divulgar o programa.

Ainda de acordo com Veja, os gastos gerais do governo com publicidade também subiram. Dados da ONG Contas Abertas mostram que os valores empenhados chegaram a R$ 177,7 milhões neste ano, sendo que em todo o ano passado o montante atingiu R$ 173 milhões. O cálculo leva em conta dados do Orçamento e exclui as estatais, como a própria Caixa.

Nos últimos anos foram mais de R$ 5 bilhões com propaganda.  A propaganda é como se fosse a lavagem cerebral de um país virtual, onde a realidade não condiz com o que é divulgado. No dia a dia o cidadão  não sente essa mudança que o governo exagera em divulgar”, completou.

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