De acordo com reportagem do jornal “O Estado de S.Paulo”,
Dilma votou favoravelmente à compra de 50% da refinaria em 2006, quando era
ministra da Casa Civil e comandava o Conselho de Administração da Petrobras. A
petista disse que só apoiou a aquisição da refinaria porque recebeu
“informações incompletas” de um parecer “técnica e juridicamente falho”.
Segundo o líder tucano, a presidente não assume que errou e
tenta transferir a responsabilidade. “Questionada sobre essa situação ela disse,
numa atitude escapista de transferir a responsabilidade, que a decisão foi
baseada em decisões equivocadas, em um resumo”, ressaltou. “É no mínimo
irresponsável que a presidente de um conselho como o da Petrobras aprove uma
medida que envolve um montante tão elevado de recursos baseada em ‘informações
incompletas’ ou pareceres falhos”, acrescentou.
O parlamentar pediu acesso ao “resumo executivo” elaborado
pela diretoria internacional da Petrobras em que Dilma se baseou para autorizar
a compra da refinaria.
Imbassahy lembrou que a refinaria custou US$ 360 milhões. Um
ano antes, a refinaria havia sido adquirida pela Astra Oil por US$ 42,5
milhões. Posteriormente, por causa de cláusulas do contrato, a estatal foi
obrigada a ficar com 100% da unidade, antes compartilhada com a empresa belga.
Acabou desembolsando US$ 1,18 bilhão – cerca R$ 2,76 bilhões.
Na avaliação do deputado, os números mostram a falta de
competência da presidente – responsável pela compra. “Onde está a tal gerente?
Onde está a competência, a qualificação da mandatária do país?”, questionou.
“Uma operação dessa mostra com clareza a falta de seriedade, a ação
político-partidária nefasta e nociva com os interesses do país. Essa empresa
está sendo saqueada por um governo irresponsável”, completou.
A aquisição da refinaria é investigada pela Polícia Federal,
a pedido de Imbassahy, além do Tribunal de Contas da União, do Ministério
Público e do Congresso por suspeita de superfaturamento e evasão de divisas.
CPI da Petrobras - O líder da Minoria na Câmara, Domingos
Sávio, disse que a presidente Dilma deve esclarecimentos à sociedade sobre
o prejuízo bilionário. O tucano, apoiado por outros integrantes da oposição,
defendeu a instalação da CPI da Petrobras. “É hora de uma CPI da Petrobras. Não
é investigar com o dedo inquiridor de quem quer prejudicar. É investigar para
salvar a empresa. O povo brasileiro não querem ver a Petrobras sendo usada como
um patrimônio partidário e, muito menos, sendo objeto de má gestão”, declarou.
US$ 100 bilhões - é o valor aproximado da perda de valor de mercado da
Petrobras e da Eletrobras no governo Dilma. Destacado pelo jornalista Elio
Gaspari, o dado mostra o malefício provocado pela gestão petista em áreas
estratégicas para o país.
Planta obsoleta
-> Segundo o “Estadão”, a ata da reunião do Conselho de
Administração da Petrobrás, datada de 3 de fevereiro de 2006, mostra a posição
unânime do conselho favorável à compra dos primeiros 50% da refinaria, mesmo já
havendo, à época, questionamentos sobre a planta, considerada obsoleta.
-> Os então ministros Antonio Palocci (Fazenda), atual
consultor de empresas, e Jaques Wagner (Relações Institucionais), hoje
governador da Bahia pelo PT, integravam o Conselho de Administração da
Petrobrás. Eles seguiram Dilma dando voto favorável.
Matéria disponível em áudio: Clique aqui
Reportagem: Alessandra Galvão
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