Para a sindicalista Dercy Cunha, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Xapuri, Marina Silva foi contraditória, pois na visão dos militantes, que dão continuidade à causa de Mendes, o que incomoda é a transfiguração do líder assassinato por fazendeiros, de sindicalista para "ambientalista", caracterização que o sindicato, em nota oficial, afirma fazer parte da "temática ambiental capitalista".
"O companheiro Chico foi um sindicalista e não
ambientalista", diz a nota oficial emitida pelo Sindicato. "Isso o coloca num ponto específico da
luta de classes que compreendia a união dos povos tradicionais (extrativistas,
indígenas, ribeirinhos) contra a expansão pecuária e madeireira, e a
consequente devastação da floresta. Essa visão distorcida do Chico Mendes
ambientalista foi levada para o Brasil e a outros países como forma de
desqualificar e descaracterizar a classe trabalhadora do campo e fortalecer a
temática capitalista ambiental que surgia."
Dercy conheceu Marina na década de 80, ao lado de Chico
Mendes, na criação da CUT do Acre. De lá para cá, reconhece que Marina evoluiu
bastante, tornou-se ministra e presidenciável com chances reais de ganhar a a
eleição. “Pena que esta evolução tenha acontecido sem manter a preocupação com
as populações mais pobres que ajudaram nessa trajetória”, diz a sindicalista.
Com informações do jornal O Dia / em / Rede Brasil Atual
Nenhum comentário:
Postar um comentário