Em seu novo artigo intitulado " Ficha Limpa", o advogado criminalista Marcos Espínola comenta sobre a corrida eleitoral que chega na reta final, destacando, principalmente, as candidaturas "sombrias" de alguns dos candidatos ao
governo do estado do Rio de Janeiro. Vale a pena conferir!
As eleições sempre movimentam a sociedade como um todo. Os
ânimos de candidatos e eleitores, de uma forma ou de outra, são “tocados” por
conta de todo o contexto social em que o país se encontra.
Diante de tantas mazelas, de um lado florescem promessas, muitas
repetidas a cada quatro anos. Por outro, a impaciência da população com as
mesmas figuras, os mesmos discursos e atitudes que, ao longo dos anos, fizeram
com que a credibilidade da classe política fosse abalada. Somado a isso tem
outro fator que tem sido preponderante nas últimas eleições, a ficha limpa. Uma
medida que, se levada a sério, pode significar um futuro mais transparente na
política brasileira.
Durante a campanha, muitos estão sendo surpreendidos com a
impugnação de suas candidaturas. Em se tratando de um Estado Democrático
Direito, no qual as regras servem para todos, tal medida é coerente, já que
qualquer cidadão ao querer ingressar no serviço público, via concurso, também é
avaliado e investigado sobre seus antecedentes criminais.
Nesta corrida eleitoral de 2014, alguns nomes já foram
impedidos de disputar o pleito enquanto outros, estrategicamente, renunciaram a
candidatura para fugir do constrangimento. No Rio de Janeiro, alguns dos
candidatos a governador estão passando pelo problema e podem vir a protagonizar
um fato histórico na vida política daquela que já foi a capital do país.
A Procuradoria Regional Eleitoral do Estado informou nesta
semana que pediu a inelegibilidade de um dos candidatos, além de seu vice, sob
a alegação de abuso de poder político e econômico, entre outras. Situações
similares estão sendo enfrentadas por outras chapas e a percepção é que a cada
nova eleição esse cerco vai apertar, trazendo pouco a pouco para a população, a
sensação de resgate da moralidade nesse setor. Vale ressaltar que pretendentes
à Assembleia Legislativa também estão na mira da investigação e correm o mesmo
risco.
Enfim, o fato é que, além da procedência de cada candidato,
é notória a necessidade de uma mudança na forma de fazer política no Brasil. As
velhas práticas do coronelismo ainda são evidentes, o assistencialismo em troca
de votos, entre tantas outras barganhas arcaicas ainda insistem em sobreviver.
A esperança de cada cidadão brasileiro é que estejamos
evoluindo e que em breve em cada setor do executivo e do legislativo a
filosofia e o modo de pensar política estejam renovados, onde o bem comum seja
a prioridade.
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