domingo, 28 de setembro de 2014

Só 35% das obras do eixo energia do PAC 2 foram concluídas

No dia 30 de dezembro deste ano, o governo Dilma tem que entregar a segunda etapa do PAC 2. No entanto, mais da metade das obras do setor de energia não foram concluídas. Apesar de todos os alertas do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o risco de déficit energético no país, apenas 254 obras das 725 previstas para o Programa foram entregues, o equivalente a 35%.

Os dados, levantados pelo Contas Abertas no último balanço do PAC 2, englobam o que foi realizado entre janeiro de 2011 e abril de 2014. Eles indicam que pouco se fez nos quatro primeiros meses de 2014. No balanço anterior, de fechamento do ano de 2013, divulgou-se que das 756 obras previstas, apenas 261 haviam sido concluídas, isto é, 34,5%. Houve, então, pelos números divulgados, redução da quantidade de obras.

Dentre todos os empreendimentos prometidos, 134 ainda não saíram do papel, o equivalente a 18,5% das obras.

Apesar do PAC 2 estar três meses de ser finalizado, algumas obras possuem conclusão prevista só para 2020: casos das hidrelétricas de Mirador, em Goiás, e de Toricoejo e Água Limpa, em Mato Grosso.

Agregam-se às obras que sequer foram iniciadas, 37 usinas eólicas – programadas pra serem implantadas na região nordeste e sul, nos estados de Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Piauí e Rio Grande do Sul -, e uma usina termoelétrica a biomassa em Goiás.

Para levar toda a energia, que pretende-se ser gerada com a entrega da segunda etapa do programa, aos mercados consumidores, incluíram também obras de Transmissão de Energia. Contudo, elas também estão em ritmo lento. Apenas 71 obras foram efetivamente realizadas, o equivalente a 40,1%, já que planejou-se construir 177 delas.

Combustíveis

A previsão de investimentos para os empreendimentos do setor “Combustíveis Renováveis” são de R$ 623,8 milhões e, por enquanto, três das seis obras previstas foram concluídas.

Já em “Petróleo e Gás Natural”, empreendimentos programados para garantir a exploração e o desenvolvimento da produção dos campos de petróleo em terra e em mar, incluindo o Pré-Sal, apenas 70 das 161 obras previstas foram concluídas, o correspondente a 43,5%.

 O Ministério de Minas e Energia alegou que o eixo Energia do PAC 2 é composto por estudos e obras com tempo de execução e conclusão mais extensos do que o próprio programa, devido às peculiaridades inerentes a cada eixo.

De acordo com a Pasta, há obras, como as hidrelétricas, que possuem estudos prévios antes do início das construções, que possuem duração de dois a quatro anos.

Matéria do Contas Abertas

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