Para o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), e para
a terceira secretária da Casa, deputada Mara Gabrilli (SP), o pagamento de
passagens aéreas para esposas e maridos de parlamentares está na contramão do
que a sociedade espera de seus representantes no Congresso.
O benefício foi aprovado pela Mesa Diretora da Câmara, com o
voto contrário da deputada, representando a opinião do partido.
Segundo o líder, os deputados tucanos não usarão esses
recursos. “É inaceitável que, num momento em que a sociedade é penalizada com o
aumento de impostos e alta nos preços, conceda-se esse privilégio aos
parlamentares. É um total desrespeito com os brasileiros, que já estão pagando
o preço da incompetência do governo Dilma e agora, terão de arcar com essa
mordomia. É um contrassenso. O PSDB não fará parte dessa vergonha, também em
respeito aos próprios cônjuges de seus parlamentares”, afirmou Sampaio.
Para a deputada Mara Gabrilli, a Câmara não pode cometer o
mesmo erro e a desfaçatez do governo, que exige sacrifícios da sociedade e não
faz a sua parte. “A Câmara tem de dar o exemplo e abrir mão de despesas como
essa, que a distanciam ainda mais de seus representados”, afirmou.
Embora a verba que será usada será da cota já
disponibilizada para o parlamentar, Gabrilli afirma que trata-se de algo
completamente inconveniente do ponto de vita do bom uso dos recursos públicos.
“É no mínimo
estranho. Se fosse em uma empresa, o trabalhador não poderia levar a família em
uma viagem de trabalho, então o por que aqui tem que ser liberado?” É”
desagradável, pois estamos vivendo um momento de crise. O Parlamento tem que
dar o exemplo no uso do dinheiro público. É uma decisão desnecessária e tomada
na hora errada. Passa a ideia de que o Congresso não se preocupa com a
população”, alertou.
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