Prêmio FIRJAN de Ação Ambiental reconheceu soluções em
resíduos, biodiversidade, água, emissões e na relação com seus
públicos de interesse
O uso racional de recursos garantiu à Metalúrgica Bom
Jardim, empresa do grupo Stam, de Nova Friburgo, o Prêmio FIRJAN de Ação
Ambiental na categoria Gestão de Águas e Efluentes. Com a implementação de um
sistema de aproveitamento de águas pluviais, a empresa conseguiu impactos
ambientais, econômicos e sociais. Dentro do período de um ano, a economia foi
de 47,5% de toda a água consumida e mais de 18 mil reais, o equivalente a mais
de 49% dos gastos da empresa com água. Essa foi a terceira edição da honraria
concedida pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro que
reconhece soluções em resíduos, biodiversidade, água, emissões e na relação com
seus públicos de interesse.
O Prêmio FIRJAN de Ação Ambiental reconhece o aprimoramento
das indústrias fluminenses, de todos os portes, em processos produtivos,
implantação de projetos socioambientais e iniciativas que vão além das
obrigações legais em prol da sustentabilidade. O gestor ambiental da Stam,
Cleverson Ouverney, explica que a água pluvial aproveitada é utilizada na
higienização de bacias sanitárias e mictórios, rega de jardineiras e lavagem de
calçadas. O projeto foi dividido em dois momentos: planejamento e implementação
do sistema de aproveitamento de águas pluviais; e associação da MBJ/Stam com a
Universidade Estácio de Sá e com a Universidade Federal Fluminense, conjugando
a indústria, universidade e a escola.
É a segunda vez que a empresa é premiada. Da primeira, em
2013, o reconhecimento também foi na categoria Águas e Efluentes com o projeto
Reuso de Águas de Lavagem de Galvanoplastia e Vibro-Acabamento. "Sem água
não existe atividade industrial. O projeto promove a segurança hídrica. Nos
comprometemos em exercer nossas atividades com tranquilidade, ao mesmo tempo
que cuidamos desse bem escasso para garantir o bem-estar das gerações futuras.
Esse reconhecimento é fundamental para divulgar e conscientizar, cada vez mais,
a sociedade sobre a preocupação com o meio ambiente”, esclarece Cleverson, que
ressalta a importância de investir na questão socioambiental e em tudo que os
recursos hídricos representam no cenário atual e futuro.
Outros destaques no estado
Na categoria Gestão de Gases de Efeito Estufa (GEEs) e
Eficiência Energética, o prêmio foi para a Fetranspor (Federação das Empresas
de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro). Com o objetivo de
reduzir a emissão de gases poluentes, a entidade criou o Programa Economizar –
Selo Verde, que realiza, entre outras ações, a avaliação da armazenagem e
utilização de óleo diesel. Com o projeto, a empresa economizou, em um ano,
722,3 milhões de litros de diesel, além de deixar de emitir 1,9 milhões de
toneladas de CO2 e 43 mil toneladas de material particulado.
O programa Viva Meio Ambiente da Autopista Fluminense,
concessionária do grupo Arteris, de São Gonçalo, foi o vencedor no quesito
Relação com Públicos de Interesse. A iniciativa é desenvolvida em 41 escolas
municipais do Rio de Janeiro. São mais de 1.000 educadores e 16 mil alunos
envolvidos. O programa abrange 13 municípios com o objetivo de gerar cidadãos
informados e conscientes sobre assuntos ambientais. As ações incluem o plantio
de árvores e promovem a sensibilização para a consciência ambiental e melhoria
da qualidade de vida.
Em Gestão de Resíduos Sólidos, a campeã foi a Companhia
Siderúrgica Nacional (CSN), de Volta Redonda. Ciente dos impactos ambientais
causados pelo depósito de resíduos da construção civil e demolição em aterros
sanitários, a empresa construiu uma central de reciclagem, responsável pela
transformação de 13.200 toneladas de resíduos em agregados e blocos
intertravados, além de reduzir os custos de aquisição de 8.600 toneladas de
britas e 36,5 mil m2 de blocos intertravados.
Recuperar áreas degradadas e espécies nativas foi a
iniciativa que rendeu ao Instituto Vital Brazil, empresa de Niterói, a
categoria Biodiversidade. A empresa implantou em sua fazenda, localizada no
município de Cachoeiras de Macacu, um projeto de recuperação ambiental e
conservação da biodiversidade. O projeto plantou 1.200 mudas, produziu um banco
fotográfico com mais de 10 mil imagens de 450 espécies e criou o primeiro
volume de um guia florístico, além de usar as informações técnicas e
científicas sobre a flora nativa para elaborar materiais didáticos que visam
sensibilizar e promover a educação ambiental.
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