domingo, 5 de julho de 2015

Stam leva prêmio da FIRJAN por uso racional de recursos hídricos

Prêmio FIRJAN de Ação Ambiental reconheceu soluções em resíduos, biodiversidade, água, emissões e na relação com seus públicos de interesse

O uso racional de recursos garantiu à Metalúrgica Bom Jardim, empresa do grupo Stam, de Nova Friburgo, o Prêmio FIRJAN de Ação Ambiental na categoria Gestão de Águas e Efluentes. Com a implementação de um sistema de aproveitamento de águas pluviais, a empresa conseguiu impactos ambientais, econômicos e sociais. Dentro do período de um ano, a economia foi de 47,5% de toda a água consumida e mais de 18 mil reais, o equivalente a mais de 49% dos gastos da empresa com água. Essa foi a terceira edição da honraria concedida pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro que reconhece soluções em resíduos, biodiversidade, água, emissões e na relação com seus públicos de interesse.

O Prêmio FIRJAN de Ação Ambiental reconhece o aprimoramento das indústrias fluminenses, de todos os portes, em processos produtivos, implantação de projetos socioambientais e iniciativas que vão além das obrigações legais em prol da sustentabilidade. O gestor ambiental da Stam, Cleverson Ouverney, explica que a água pluvial aproveitada é utilizada na higienização de bacias sanitárias e mictórios, rega de jardineiras e lavagem de calçadas. O projeto foi dividido em dois momentos: planejamento e implementação do sistema de aproveitamento de águas pluviais; e associação da MBJ/Stam com a Universidade Estácio de Sá e com a Universidade Federal Fluminense, conjugando a indústria, universidade e a escola.

É a segunda vez que a empresa é premiada. Da primeira, em 2013, o reconhecimento também foi na categoria Águas e Efluentes com o projeto Reuso de Águas de Lavagem de Galvanoplastia e Vibro-Acabamento. "Sem água não existe atividade industrial. O projeto promove a segurança hídrica. Nos comprometemos em exercer nossas atividades com tranquilidade, ao mesmo tempo que cuidamos desse bem escasso para garantir o bem-estar das gerações futuras. Esse reconhecimento é fundamental para divulgar e conscientizar, cada vez mais, a sociedade sobre a preocupação com o meio ambiente”, esclarece Cleverson, que ressalta a importância de investir na questão socioambiental e em tudo que os recursos hídricos representam no cenário atual e futuro.

Outros destaques no estado

Na categoria Gestão de Gases de Efeito Estufa (GEEs) e Eficiência Energética, o prêmio foi para a Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro). Com o objetivo de reduzir a emissão de gases poluentes, a entidade criou o Programa Economizar – Selo Verde, que realiza, entre outras ações, a avaliação da armazenagem e utilização de óleo diesel. Com o projeto, a empresa economizou, em um ano, 722,3 milhões de litros de diesel, além de deixar de emitir 1,9 milhões de toneladas de CO2 e 43 mil toneladas de material particulado.

O programa Viva Meio Ambiente da Autopista Fluminense, concessionária do grupo Arteris, de São Gonçalo, foi o vencedor no quesito Relação com Públicos de Interesse. A iniciativa é desenvolvida em 41 escolas municipais do Rio de Janeiro. São mais de 1.000 educadores e 16 mil alunos envolvidos. O programa abrange 13 municípios com o objetivo de gerar cidadãos informados e conscientes sobre assuntos ambientais. As ações incluem o plantio de árvores e promovem a sensibilização para a consciência ambiental e melhoria da qualidade de vida.

Em Gestão de Resíduos Sólidos, a campeã foi a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), de Volta Redonda. Ciente dos impactos ambientais causados pelo depósito de resíduos da construção civil e demolição em aterros sanitários, a empresa construiu uma central de reciclagem, responsável pela transformação de 13.200 toneladas de resíduos em agregados e blocos intertravados, além de reduzir os custos de aquisição de 8.600 toneladas de britas e 36,5 mil m2 de blocos intertravados.

Recuperar áreas degradadas e espécies nativas foi a iniciativa que rendeu ao Instituto Vital Brazil, empresa de Niterói, a categoria Biodiversidade. A empresa implantou em sua fazenda, localizada no município de Cachoeiras de Macacu, um projeto de recuperação ambiental e conservação da biodiversidade. O projeto plantou 1.200 mudas, produziu um banco fotográfico com mais de 10 mil imagens de 450 espécies e criou o primeiro volume de um guia florístico, além de usar as informações técnicas e científicas sobre a flora nativa para elaborar materiais didáticos que visam sensibilizar e promover a educação ambiental.

Além dos projetos vencedores, a startup Bio Bureau ganhou menção honrosa com uma metodologia que acelera a identificação da biodiversidade. O projeto piloto na Bacia de Campos demonstrou a capacidade de caracterizar grandes áreas em 1/10 do tempo atual, com a identificação de 10 vezes mais espécies. O Prêmio FIRJAN de Ação Ambiental acontece anualmente. Nas edições anteriores, a Federação reconheceu 11 empresas fluminenses. A premiação aconteceu na última quarta-feira, 1º de julho, durante o Seminário Ação Ambiental, que debateu mudança do clima e gestão eficiente de recursos hídricos, na sede do Sistema FIRJAN.

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