segunda-feira, 23 de maio de 2016

Estudo da OMS estima os benefícios de se investir em tratamentos para as formas mais comuns de doença mental

Prefeitura atende toda e qualquer demanda de tratamento em Saúde Mental, contando com um CAPS II, uma equipe de atenção a usuários de álcool e outras drogas, uma equipe de atenção psicossocial infanto-juvenil e uma equipe de atenção psicossocial à crise (baseada no Hospital Municipal Raul Sertã).

Além disso, há psicólogos e médicos especializados em psiquiatria distribuídos pelos postos de saúde do município prestando atendimento ambulatorial.

Com relação aos casos de ansiedade e depressão, especificamente, eles são atendidos nos serviços de acordo com suas gravidades. A avaliação das necessidades do usuário é realizada em acolhimento nos serviços. Alguns necessitam de atenção mais intensiva (situações para o CAPS II), outros precisam de acompanhamento pontual em ambulatório.

Hoje, há cerca de 600 pacientes cadastrados nos três serviços principais (CAPS, álcool e outras drogas e infanto-juvenil). Estimamos que os pacientes ambulatoriais sejam algo em torno de 800.

Qualquer cidadão pode procurar o posto de saúde mais próximo de casa e solicitar uma avaliação em Saúde Mental. Caso seja pertinente, ele será encaminhado para um dos serviços específicos”, afirma Rafael Morena, coordenador de Saúde Mental da secretaria de Saúde da Prefeitura.

Estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) estima, pela primeira vez, os benefícios de se investir em tratamentos para as formas mais comuns de doença mental.

Por cada euro investido no tratamento da depressão e da ansiedade ganham-se quatro em saúde e capacidade de trabalho, revela um estudo que estima em 870 milhões o custo anual das doenças mentais no mundo.

O tratamento da depressão e da ansiedade faz sentido em termos de saúde e bem-estar. Este novo estudo confirma que faz muito sentido a nível econômico também, disse a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, citada num comunicado conjunto da OMS e do Banco Mundial.

O número de pessoas que sofre de depressão e/ou ansiedade aumentou quase 50% entre 1990 e 2013, de 416 milhões para 615 milhões em todo o mundo.

Atualmente, cerca de uma em cada dez pessoas sofre de doenças mentais e estas representam 30% do peso global das doenças não fatais.

O estudo publicado calcula os custos do tratamento e os respetivos benefícios em 36 países de baixo, médio e alto rendimento entre 2016 e 2030. O custo de apostar no tratamento, sobretudo em aconselhamento psicossocial e medicação antidepressiva, é estimado em 147 mil milhões de dólares (128 mil milhões de euros). No entanto, escrevem os autores do estudo, o retorno compensa largamente o custo. Um aumento de cinco por cento na participação da força de trabalho e na produtividade é valorizada em 399 milhões de dólares (349 mil milhões de euros) e a melhoria na saúde equivale a mais 310 milhões de dólares (271 mil milhões de euros) em retorno. Segundo a OMS, os governos investem em saúde mental uma média de três por cento dos seus orçamentos para a saúde, variando entre menos de um por cento nos países de baixo rendimento e cinco por cento nos países de alto rendimento.

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