Fabrício Ferreira Garcia sofreu um acidente de trabalho em
abril de 2007, no qual perdeu a perna direita. Apaixonado por futebol, relata
ter achado que a vida não seria mais a mesma sem o esporte que amava praticar.
Em novembro daquele mesmo ano, assistiu na TV a um jogo de futebol de amputados
do Campeonato Mundial e viu renascer a esperança de voltar a jogar futebol.
Os amigos passaram a incentivá-lo e Fabrício se relacionou
com jogadores da modalidade pela internet, não demorando muito para começar a treinar. Em 2010, participou da primeira competição, a Copa do
Brasil de Futebol de Amputados, na qual a sua equipe obteve a terceira
colocação.
Fabrício passou a colecionar títulos, como o de campeão
brasileiro e campeão da Copa do Brasil, ambos pela equipe ANDEF. Também se
sagrou campeão paulista pelo time da NUMEC/SP. Atualmente, joga pelo
Audax/Osasco, equipe pela qual conquistou o I Open Brasil e o vice-campeonato
da X Copa do Brasil, este ano.
O atleta cordeirense está cada vez mais engajado no projeto
do Audax, ajudando a divulgar a modalidade pelo país e realizando um importante
trabalho de inclusão. Apesar de ser praticado em 32 países, o Futebol de
Amputados ainda não é modalidade paralímpica, mas a luta é grande para que seja
logo incluída nos jogos. A Seleção Brasileira é tetra campeã mundial.
Fabrício
Garcia afirma que será uma honra muito grande representar Cordeiro na condução
do símbolo olímpico. “Será um momento único”, diz o escolhido pela Secretaria
Municipal de Esporte e Lazer.
Mais uma história de superação
A outra
condutora de Cordeiro será Ana Beatriz Pinto Schueller, selecionada em uma
campanha que escolheu condutores através de indicações de pessoas com histórias
de superação. Ela foi indicada após ter superado o preconceito por sofrer do
Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), problema que afetou
a sua adolescência, a prática de ginástica artística e causou queda de
rendimento escolar.
O avanço no tratamento do TDAH fez com que Bia Schueller
voltasse a praticar ginástica e começasse a tocar lira na fanfarra da escola,
da qual também se tornou baliza. Bia Schueller concluiu o Ensino Médio,
pretende cursar faculdade de Letras ou de Artes Cênicas. Ao vencer a batalha,
passou a ser incentivadora de outras pessoas portadoras do transtorno,
incentivando-as a estudarem mais e a lutarem pelos seus sonhos.
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