sábado, 30 de julho de 2016

Conheça os cordeirenses que conduzirão a tocha olímpica da Rio 2016

Fabrício Ferreira Garcia sofreu um acidente de trabalho em abril de 2007, no qual perdeu a perna direita. Apaixonado por futebol, relata ter achado que a vida não seria mais a mesma sem o esporte que amava praticar. Em novembro daquele mesmo ano, assistiu na TV a um jogo de futebol de amputados do Campeonato Mundial e viu renascer a esperança de voltar a jogar futebol.

Os amigos passaram a incentivá-lo e Fabrício se relacionou com jogadores da modalidade pela internet, não demorando muito para começar a treinar. Em 2010, participou da primeira competição, a Copa do Brasil de Futebol de Amputados, na qual a sua equipe obteve a terceira colocação.

Fabrício passou a colecionar títulos, como o de campeão brasileiro e campeão da Copa do Brasil, ambos pela equipe ANDEF. Também se sagrou campeão paulista pelo time da NUMEC/SP. Atualmente, joga pelo Audax/Osasco, equipe pela qual conquistou o I Open Brasil e o vice-campeonato da X Copa do Brasil, este ano.

O atleta cordeirense está cada vez mais engajado no projeto do Audax, ajudando a divulgar a modalidade pelo país e realizando um importante trabalho de inclusão. Apesar de ser praticado em 32 países, o Futebol de Amputados ainda não é modalidade paralímpica, mas a luta é grande para que seja logo incluída nos jogos. A Seleção Brasileira é tetra campeã mundial.


Fabrício Garcia afirma que será uma honra muito grande representar Cordeiro na condução do símbolo olímpico. “Será um momento único”, diz o escolhido pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer.

Mais uma história de superação

A outra condutora de Cordeiro será Ana Beatriz Pinto Schueller, selecionada em uma campanha que escolheu condutores através de indicações de pessoas com histórias de superação. Ela foi indicada após ter superado o preconceito por sofrer do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), problema que afetou a sua adolescência, a prática de ginástica artística e causou queda de rendimento escolar.


O avanço no tratamento do TDAH fez com que Bia Schueller voltasse a praticar ginástica e começasse a tocar lira na fanfarra da escola, da qual também se tornou baliza. Bia Schueller concluiu o Ensino Médio, pretende cursar faculdade de Letras ou de Artes Cênicas. Ao vencer a batalha, passou a ser incentivadora de outras pessoas portadoras do transtorno, incentivando-as a estudarem mais e a lutarem pelos seus sonhos.  

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