"É necessário cortar tudo o que há de supérfluo e
centrar atenções na folha de pagamento, na educação e na saúde. Eis um senhor
desafio para prefeitos e vice-prefeitos”, sugeriu o deputado Luiz Paulo, líder
do PSDB na Assembleia Legislativa, ao falar sobre a crise que vai deixar um
rombo de 21% no orçamento do estado do Rio em 2017.
O PSDB do estado do Rio de Janeiro se reuniu na manhã de sábado, dia 10 de dezembro, para discutir os resultados das eleições 2016 e,
desde já, traçar as estratégias rumo à disputa de 2018. O presidente do
diretório estadual, o deputado federal Otavio Leite, falou dos esforços
empreendidos para “botar o partido na rua”, agregando lideranças locais e
criando cédulas importantes para engrossar as chapas de candidatos à
Assembleia, Câmara e Senado.
“Percorremos o estado, tivemos centenas de audiências, demos
espaço para contribuições de forma horizontal, sempre com o objetivo de ter
candidato a prefeito e chapa de vereador. O objetivo estratégico era plantar
sementes para 2018, um trabalho fundamental para o partido ter mais vez e mais
voz”, disse ele, no discurso de abertura do encontro.
Os esforços renderam resultados. Com 33 candidatos a
prefeito em 2016 - comparado aos 10 de 2012, os votos no 45 saltaram de 120 mil
para 536 mil - um aumento de quase 350%. O número de vereadores subiu de 42
para 54. “Fizemos isso sem estrutura e, muitas vezes, sem nenhum tipo de espaço
nas prefeituras locais. Fomos abrindo brechas para exercer um novo papel. Demos
um bom primeiro passo nesta grande marcha”, disse ele, chamando atenção para a
vitória de Jorge Miranda em Mesquita, que furou o bloqueio da máquina e do
poderio político da Baixada Fluminense.
Crise no estado
O deputado Luiz Paulo, líder do PSDB na Assembleia
Legislativa, fez um panorama da crise no estado do Rio de Janeiro, durante o
encontro do diretório estadual do PSDB. Ele explicou que o Rio está a caminho
de um PIB negativo ainda maior do que o índice brasileiro - podendo chegar a -
3,6. Além disso, trata-se do estado com a maior taxa aberta de desemprego; com
uma das maiores cargas tributárias. “E mais uma agravante: somos dependentes
economicamente da cadeia produtiva de óleo e gás, a qual, devido à corrupção e
à má gestão na Petrobras, está numa decadência imensa”, explicou.
Aos quadros eleitos, o deputado alertou que não há como
administrar contando com orçamento do estado: “O Rio de Janeiro está quebrado.
O orçamento de 2017 tem rombo de R$ 15,22 bilhões - dentro de 62 bilhões. O
rombo, portanto, é de 21%. Fora a dívida de R$ 17 bilhões, em folha de
pagamento, que deve adentrar o ano que vem. Podemos terminar 2017 com metade da
receita. E aí estaremos num caminho sem volta”, esclareceu.
Para ele, esse quadro se reproduz, com menos ou mais
intensidade, em todos os municípios fluminenses. Luiz Paulo afirmou que é
chegado o momento de apertar o cinto. "É necessário cortar tudo o que há
de supérfluo e centrar atenções na folha de pagamento, na educação e na saúde.
Eis um senhor desafio para prefeitos e vice-prefeitos”, sugeriu.
Aos vereadores, ele alertou que muitas destas medidas
pressupõem leis, que deverão ser aprovadas nas Câmaras. “E qualquer projeto que
preveja diminuição de receitas e aumento de impostos tem um caráter impopular
muito grande. Este, portanto, é um momento de conscientização em torno do que
será votado”, disse o deputado.
Presentes
Estiveram presentes vereadores eleitos em 2016, como Adilmar
de Breu Conceição, o Mica, de São João de Meriti; Alexandre de Souza Santos, o
Xande Moreno, de Quissamã; Anselmo Prata, de Carapebus, Bruno Lessa, de
Niterói; Denilson da Costa Nogueira, o Denilson Ligeirinho, e Guilherme Rosa,
de Pati do Alferes; Fabíola Melo de Carvalho, de Cordeiro; Haroldo Jesus, de
Itaguaí; José Luiz Estefani Miranda Filho, o Zé Estefani, de Macuco; Luciano
Lucio e Paulo Roberto Ferreira Peixoto Sobrinho, o Peixotinho, de Tanguá;
Milton Cezar Ramos Rodrigues, o Da Ponte, e Rocsilvan Rezende da Rocha, o Roc,
de Teresópolis; Misaias da Silva Machado, de Rio das Ostras; Rodrigo Ferreira de Mendonça, de Saquarema;
Sandro de Almeida, de São Gonçalo; Tiago Gomes Monteiro, de Cardoso Moreira.
Estiveram ainda presentes, os vice-prefeitos eleitos em 2016. São eles: Carlos
Machado de Oliveira, o Machadinho, de Queimados; Gelson Azevedo, de São João de Meriti, e Paulo Sergio
Cirillo, de Bom Jesus do Itabapoana.
Além do prefeito eleito Jorge Miranda, de Mesquita.
Os vereadores, cujos mandatos terminam este ano, também marcaram presença: Marcelo Garcia, de São
Francisco do Itabapoana, Marcelo do Regional, de Iguaba Grande; Pedro de
Magalhães, de Volta Redonda; Carlos Roberto Pinto, de Resende.
O evento contou ainda com a presença de Carlos Osorio,
deputado estadual do PSDB, que disputou a prefeitura do Rio, e de Silas Bento,
vice-prefeito de Cabo Frio, e suplente de deputado estadual que, em 2017,
assume a cadeira na Assembleia Legislativa, com a saída de José Luiz Nanci
(PPS) - que venceu a disputa pela prefeitura de São Gonçalo.
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