terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Realizada mais uma reunião do Comitê de Mobilização contra o Aedes em Nova Friburgo

'O envolvimento da população na eliminação dos criadouros do mosquito é a principal ferramenta de combate ao Aedes aegypti'. Essa frase de Oswaldo Cruz, bacteriologista que ajudou a erradicar a febre amarela urbana no Brasil, foi o tom da segunda reunião do Comitê de Mobilização Social contra o Aedes em Nova Friburgo, que foi realizada no dia 20 de dezembro na Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura, onde participaram do encontro quinzenal. representantes da Saúde, da Educação, do Conselho Municipal de Saúde e da Concessionária Águas de Nova Friburgo participaram.

Essa segunda reunião teve o objetivo de apresentar as ações realizadas nesse ano (2016), que foi considerado um ano problemático, epidêmico. A epidemia foi confirmada em março.


Durante o ano, foram notificados 8.622 suspeitas de Dengue, com 5.921 casos confirmados. Entre julho e setembro os números caíram, passando para 1 caso. De outubro até o momento, 114 casos foram notificados, com 10 confirmações de Dengue. 

Em relação à Chikungunya foram registrados 16 notificações com nenhuma confirmação laboratorial. Já o Vírus da Zika foram 108 notificações, com 82 em gestantes, e sete confirmações por critério laboratorial (dados até 12 de dezembro).

A secretária em Saúde Coletiva, Sueli Scotelaro, lamentou a ausência de representantes de vários setores da Prefeitura e das instituições parceiras que integram o comitê. “O comitê é para isso: o enfrentamento é uma co-responsabilidade, é integração” disse. Até porque, nesse segundo encontro a proposta seria que cada um desses setores apresentassem sugestões e o que fizeram durante o ano.

Ricardo Fazoli, da subsecretaria de Vigilância em Saúde, projetou uma apresentação em power point sobre todas as ações realizadas durante o ano de 2016 de combate ao Aedes. Assim que foi sinalizada a epidemia pelo setor de epidemiologia (mais de 300 casos por 100 mil habitantes), foram instauradas o COE (comitê operacional de emergência) e a Sala de Situação, com reuniões semanais para enfrentar as arboviroses e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (H1N1).

Também foram tomadas outras medidas como a criação de um protocolo de ações, com divulgação periódica de boletins epidemiológicos, orientações integradas de Vigilância e Atenção em Saúde, o Protocolo Zika Vírus, a criação do Plano Municipal de Contingência, finalizado esse ano, com vigência até 2018, e a abertura do Centro de Hidratação. Esse centro teve a previsão de atender a 100 pacientes ao dia, sete dias por semana, 12 horas por dia. Mas, a realidade foi outra, pois a média de atendimentos diários foi de 190.

A frase de Oswaldo Cruz, que foi apontada na reunião, teve o seu motivo. De acordo com o que foi dito pelos representantes da Saúde, a experiência demonstra que os fatores responsáveis pela proliferação do mosquito está dentro do quintal da casa de cada cidadão. São os chamados criadouros artificiais. A maior incidência está justamente nos vasos de plantas, nas caixas d’água destampadas e nos depósitos fixos, como ralos e vasos sanitários. Por isso, a campanha nacional “10 minutos salvam vidas” será o tema desse ano também.

Sueli Scotelaro disse que a Saúde já está se programando. Fátima Carestiato, da Secretaria de Educação, deu um exemplo disso. Solicitado na primeira reunião, há quinze dias, será providenciada uma varredura em relação a possíveis depósitos d’água artificiais nas escolas municipais antes do período das férias, fato que foi citado como uma reclamação comum dos moradores próximo das escolas, que se queixaram que devido às escolas estarem fechadas, foi difícil realizar vistorias nesses prédios.

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