O deputado Ricardo Izar (PP-SP) apresentou relatório ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara recomendando a suspensão do exercício do mandato do deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), por
quatro meses, devido a uma cusparada no deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). O
episódio ocorreu no Plenário da Câmara, em 17 de abril, durante a votação da
admissibilidade do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. O processo
contra Wyllys é movido pela Mesa Diretora, que havia sugerido a suspensão do exercício
do mandato por até seis meses.
Em seu parecer, Izar argumentou que “tendo em vista o alto
grau de reprovabilidade da conduta de Jean Wyllys, o representado deve sofrer
severa reprimenda por parte desta Casa, restando assim clara mensagem à
sociedade no sentido de que este Parlamento não admite o cometimento de
infrações dessa natureza”.
Ao justificar a punição, o relator afirmou que “ante a
comprovação, através da análise das robustas provas produzidas nos autos, da
existência de reiterada provocação levada a efeito por alguns parlamentares em
face do representado e das circunstâncias excepcionais do momento, mostra-se
justa, adequada, proporcional e suficiente a sanção de suspensão do exercício
do mandato pelo prazo de 120 dias”, escreveu Ricardo Izar.
Jean Wyllys não compareceu à reunião, no conselho.
Em sua defesa, o advogado Cezar Britto apresentou três vídeos com agressões
verbais de Jair Bolsonaro a Wyllys, e o cuspe do também deputado Eduardo
Bolsonaro (PSC-SP) em Wyllys, na mesma sessão da Câmara de 17 de abril.
Agência Câmara
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