terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Relator recomenda suspensão do mandato de Jean Wyllys por quatro meses

O deputado Ricardo Izar (PP-SP) apresentou relatório ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara recomendando a suspensão do exercício do mandato do deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), por quatro meses, devido a uma cusparada no deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). O episódio ocorreu no Plenário da Câmara, em 17 de abril, durante a votação da admissibilidade do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. O processo contra Wyllys é movido pela Mesa Diretora, que havia sugerido a suspensão do exercício do mandato por até seis meses.

Em seu parecer, Izar argumentou que “tendo em vista o alto grau de reprovabilidade da conduta de Jean Wyllys, o representado deve sofrer severa reprimenda por parte desta Casa, restando assim clara mensagem à sociedade no sentido de que este Parlamento não admite o cometimento de infrações dessa natureza”.

Ao justificar a punição, o relator afirmou que “ante a comprovação, através da análise das robustas provas produzidas nos autos, da existência de reiterada provocação levada a efeito por alguns parlamentares em face do representado e das circunstâncias excepcionais do momento, mostra-se justa, adequada, proporcional e suficiente a sanção de suspensão do exercício do mandato pelo prazo de 120 dias”, escreveu Ricardo Izar.

Jean Wyllys não compareceu à reunião, no conselho. Em sua defesa, o advogado Cezar Britto apresentou três vídeos com agressões verbais de Jair Bolsonaro a Wyllys, e o cuspe do também deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) em Wyllys, na mesma sessão da Câmara de 17 de abril.

O advogado reafirmou que o ato de Wyllys foi uma reação em “defesa da honra” diante de insultos e atos de “homofobia reiterada” de Bolsonaro.

Agência Câmara

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