terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Macaco Bugio é capturado em Cordeiro

Ainda que não seja atribuição do INEA, as equipes do Parque do Desengano, administrado pelo mencionado instituto, passaram a atuar tão logo tomaram conhecimento do primeiro ataque do Bugio. Com apoio de policiais da 5ª e da 3ª Unidade de Policiamento Ambiental (UPAM), Corpo de Bombeiros, técnicos do Centro de Primatologia do Rio de Janeiro, Emater-RJ, Ong Ser da Terra, biólogos da Fundação Rio Zoo, Fiocruz e veterinários do Cras/Estácio, reuniram esforços na operação de resgate da família de primatas que durou duas semanas.

Numa ação conjunta, foram utilizados diversos métodos de captura, incluindo o uso de armadilhas metálicas e redes, mas sempre buscando resguardar o bem estar dos animais e a segurança de moradores do entorno e profissionais envolvidos. 

Na manhã de domingo, 8, aconteceu a captura do primata após a utilização de dardos anestésicos. Em seguida, o Bugio foi transportado para o Parque Estadual do Desengano, em Santa Maria Madalena, onde receberá atendimento veterinário e será submetido à coleta de sangue para exames, coleta de pelos e sexagem, além de receber um micro-chip para monitoramento futuro. Após esses procedimentos, o primata irá receber alimentos e permanecerá em repouso, podendo ser solto num fragmento florestal no entorno do parque, que lhe dará condições adequadas de sobrevivência e proteção.


Apesar dos alardes com os acontecimentos, especialistas esclarecem que, pelo fato de a natureza não ser uma ciência exata, a captura desses animais não é algo tão simples, até por possuírem grande capacidade cognitiva, físico privilegiado e adequado ao terreno onde se mantinha, além do conhecimento da mata, com 30 hectares de área. 

Isso demandou esforço permanente da equipe. Vale dizer que a Lei Complementar 140/2011 diz que compete ao IBAMA controlar a apanha de espécies da fauna silvestre em vida livre, tendo sido delegado aos estados apenas a competência para a apanha de espécies da fauna silvestre destinadas à implantação de criadouros e à pesquisa científica. O que importa é que o animal foi capturado, a população protegida, as conexões ambientais preservadas e o primata devolvido a um espaço natural”, explica o secretário de Meio Ambiente de Cordeiro, Amarildo Lanes, que também participou da ação na Mata do Posto.

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