sexta-feira, 19 de maio de 2017

JBS não poupa petistas

O site O Antagonista obteve acesso à bombástica delação de Ricardo Saud, executivo da JBS, em que foi revelado que Ricardo Pimentel, governador petista de Minas Gerais, recebia um 'mensalinho' de R$ 300 mil reais por mês da JBS, por meio do escritório Andrade, Antunes e Henrique Advogados.


No anexo 13, obtido com exclusividade pelo site O Antagonista, Joesley Batista conta que foi procurado pelo deputado João Bacelar - a mando de Guido Mantega - para tentar evitar o impeachment de Dilma Rousseff.

Bacelar apareceu na casa de Joesley, às 22h30, do sábado anterior ao da votação do impeachment, com a missão de convencer o empresário a "comprar alguns deputados para votar em favor da presidente Dilma".

Joesley acabou concordando em "comprar" 5 deputados federais ao custo de R$ 3 milhões cada. Dos R$ 15 milhões, o dono da JBS diz que já pagou R$ 3,5 milhões, sendo que os últimos R$ 500 mil foram pagos na sua casa, em março de 2017.


No anexo 1, também obtido com exclusividade pelo site O Antagonista, Joesley Batista revela todos os detalhes do esquema que beneficiou diretamente Lula e Dilma.

Joesley contou que, no início, pagava apenas R$ 50 mil a Victor Sandri, íntimo de Mantega, para obter vantagens no BNDES. Foi assim que o empresário conseguiu ser recebido pelo então ministro do Planejamento e aprovar o primeiro plano de expansão da JBS, em 2005.

O financiamento era módico: apenas US$ 80 milhões. "Vic solicitou para si e para Guido Mantega, o pagamento de 4% do valor do financiamento. A operação foi aprovada com grande rapidez."

No anos seguintes, já na Fazenda, Mantega autorizou mais duas operações: Em 2007, a aquisição pelo BNDES de 12,94% do capital social da JBS por US$ 580 milhões; e, em 2008, outra aquisição de 12,99% por US$ 500 milhões.

Apesar do sucesso da intermediação de Vic, Joesley preferiu tratar diretamente com Guido Mantega a partir de 2009.

Em contrapartida a uma nova operação de compra pelo BNDES de debêntures do JBS no valor de US$ 2 bilhões, Joesley escriturou propina de US$ 50 milhões e depositou o dinheiro numa conta em nome de uma offshore.

Em 2010, Guido Mantega pediu ao empresário que abrisse uma nova conta, desta vez para Dilma. Foi então que Joesley "perguntou se a conta existente não seria suficiente para os depósitos dos valores a serem provisionados, ao que Guido respondeu que esta era de Lula".

Joesley "indagou se Lula e Dilma sabiam do esquema, e Guido confirmou que sim".


O vídeo em que Joesley revela os detalhes do pagamento de propina a Lula e Dilma por meio de Mantega:

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