O valor das exportações totais no município passaram de US$
2,3 milhões em 2015 para US$ 2,4 milhões em 2016, o que representa um aumento
de 6%
Levantamento divulgado pelo Sistema FIRJAN, na
segunda-feira (15), apontou que as exportações totais de Friburgo passaram de
US$ 2,3 milhões em 2015 para US$ 2,4 milhões em 2016, o que representou um
aumento de 6%. O volume exportado também aumentou de 315 toneladas para 347
toneladas no ano passado, um avanço de 23%.
A análise evidencia, também, uma retração de 14% no preço
médio geral das mercadorias (de US$ 7,2/Kg para US$ 6,2/Kg). O que indica que, mesmo com o preço médio
menor das exportações, o município ampliou o volume exportado e alcançou, em
termos de receita, um faturamento 6% maior.
A pesquisa foi baseada em dados do Sedex/MDIC. Foram
levantadas as exportações das empresas sediadas em Nova Friburgo por valor
(US$), volumes (Kg) e preços médios (US$/kg). Os dados foram divididos por
Posição (4 dígitos) de acordo com a classificação fiscal da Nomenclatura Comum
do Mercosul.*
O aumento das exportações em comparação com 2015 foi
reflexo, sobretudo, do acréscimo nas vendas externas de cachaça (5%) e cadeados
(102%). A cachaça representa 33% das exportações e os cadeados, 13%.
Segundo Joelza Schenquel Vargas, supervisora de comércio
exterior da Stam Metalúrgica S.A., a capacidade produtiva de cadeados da
empresa gira em torno das 800 mil peças/mês. “Nós investimos em um processo de
automação que pouquíssimas empresas têm no Brasil”, o que ela diz ser a receita
do sucesso para aceitação do produto pelo mercado internacional devida à alta
qualidade percebida no resultado final.
“A feitura do cadeado de latão, por exemplo, é totalmente
automatizada. Com isso passamos a ter um produto de muita aceitação, pois o
maquinário demanda matéria prima com 100% de boa procedência para poder
trabalhar”. A supervisora relata que com esse material de qualidade em mãos,
foi mais fácil aumentar a cartela de clientes internacionais que hoje é
composta em sua maioria por países do Mercosul como Bolívia, Paraguai e
Uruguai. Joelza explica ainda, que apesar de ninguém tocar no artigo até ele
ser finalizado, funcionários foram mantidos nas outras modalidades de produção
da fábrica e mais pessoas foram contratadas, pois os sistemas precisam ser
operados por técnicos qualificados, que cuidam de qualidade, manutenção e
outros detalhes que envolvem o resultado final.
Diversificação de produtos
A pauta exportadora de Nova Friburgo apresentou
diversificação, tanto em termos de produtos quanto de parceiros. A cidade
exporta desde cachaça, vestuário, partes para automóveis, circuitos elétricos a
até chuveiros.
O Álcool etílico não desnaturado, com um teor alcoólico em
volume inferior a 80 % vol; aguardentes, licores e outras bebidas espirituosas
(cachaça), principal produto exportado pelo município (33%), teve um acréscimo
de 5% nas exportações de 2016 (US$ 795 mil), em especial pelo aumento absoluto
nas vendas para Suíça, que não existiam em 2015 e atingiram US$ 49 mil em 2016.
Para o empresário Vicente Ribeiro, da Fazenda Soledade, uma
das grandes exportadoras da bebida no município, não há segredo para o sucesso,
senão um trabalho sistemático na busca por excelência de produto. “Realmente
não há panaceias que levem a um bom desempenho no mercado externo. Melhoria
contínua na qualidade e, no nosso caso, com investimentos constantes em
segurança alimentar e performance operacional”, explicou.
Destaques setoriais
A já citada venda de cadeados, compreendidos na posição
8301, que representou 13% da exportação friburguense, teve aumento de mais de
100% em 2016 e passou de US$ 159 mil exportados para US$ 322 mil.
A venda de banheiras e produtos sanitários (US$ 77 mil),
sexto produto exportado em 2016, aumentou 271%, movida pelo incremento das
vendas para os países do Mercosul: Bolívia, Paraguai e Uruguai.
As exportações da posição 6204 (Fatos de saia-casaco, conjuntos,
casacos, vestidos, saias, saias-calças, calças, jardineiras, bermudas e calções
(shorts) (exceto de banho), de uso feminino) tiveram incremento de 105% em
relação ao ano anterior. Cabe ressaltar a diversificação de destinos destas
exportações (26), incluídos países africanos, asiáticos e europeus.
Outro destaque foram as vendas de aparelhos elétricos para
Turquia (US$ 119 mil), que aumentaram 415%. Partes e acessórios dos veículos
automóveis evoluíram em mais de 2500% em vendas para os Estados Unidos (US$
61,5 mil).
*Cabe ressaltar que a metodologia de Município considera o
Domicílio Fiscal das empresas, não a produção (como são os dados do Rio de
Janeiro). Por isso, não se deve fazer qualquer comparação com o total exportado
pelo estado do Rio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário