sexta-feira, 23 de junho de 2017

O Funk deve ser criminalizado?

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH) aprovou na quarta-feira (21), o requerimento de audiência pública (ainda sem data definida) para debater a criminalização do funk. A proposta que transforma o estilo musical em crime está na Sugestão Legislativa (SUG) 17/2017, idealizada pelo cidadão Marcelo Alonso.

Segundo a proposta, os chamados bailes de "pancadões" estimulam a prática de crimes contra crianças e adolescentes, promovendo o uso, venda e consumo de álcool e drogas, bem como o agenciamento, orgia e exploração sexual.

Na CDH, a matéria vai ser relatada pelo senador Romário (PSB-RJ), que solicitou a audiência pública para discutir a questão. Romário quer trazer para o debate no Senado o autor da proposta, compositores e cantores de funk, além de antropólogos que estudam o gênero musical. Entre os artistas listados pelo senador para opinar sobre o assunto estão: Anitta, Nego do Borel e Valesca Popozuda.

Para Romário, é preciso avaliar em que medida os crimes ocorridos durante ou após os bailes podem ser coibidos pelo Estado, sem que seja necessária uma medida tão drástica como transformar o funk em crime.

Para virar projeto de lei, a sugestão ainda precisa ser aprovada na CDH. 

Qualquer brasileiro pode apresentar ideias legislativas para modificar ou criar novas leis. Se em um período de 4 meses essas ideias receberem mais de 20 mil apoios, estas serão encaminhadas para a CDH e serão formalizadas. A sugestão de Marcelo Alonso teve quase 22 mil apoios.

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