domingo, 23 de julho de 2017

Infecções respiratórias ganham força no inverno

Dr. Paulo C. Guimarães
As infecções das vias respiratórias têm maior facilidade de ocorrer no inverno, que vai até 22 de setembro. Muitas delas são agravadas por alergias. E o motivo é que, em temperaturas mais baixas, o confinamento comum nessa época do ano favorece a propagação dos vírus e a contaminação, como explica o infectologista Paulo Cesar Guimarães.

Tanto em casa, como nas creches, escolas e ambientes de trabalho, costumamos ficar em ambientes fechados, sem ventilação, e isso se acentua nos dias frios, aumentando a propagação dos vírus”, diz o especialista, que é diretor da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Fase).

Ele cita como as infecções respiratórias mais comuns a rinite, a rinossinusite, amigdalites e otites, nas vias aéreas superiores; e as pneumonias, broncopneumonias, bronquiolites e síndrome respiratória aguda grave (influenza), nas vias aéreas inferiores. Crianças, adultos e idosos podem se proteger de gripes e outros males à saúde típicos do frio com uma medida simples: lavar as mãos regularmente, para evitar o contágio. 

De acordo com o infectologista, pessoas de todas as faixas etárias também devem seguir o calendário de vacinação do governo, da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Sociedade Brasileira de Imunizações. Paulo Cesar Guimarães desmente o boato de que a vacina da gripe seria capaz de causar a doença. 

A vacina contra a gripe é produzida com vírus inativado e fracionado. Em outras palavras, é com vírus morto, sendo assim não pode provocar a doença gripe. É comum algumas pessoas dizerem que tomaram a vacina e, dias depois, estavam gripadas. Na grande maioria das vezes não se trata de gripe e, sim, resfriado, que pode ser provocado por vários vírus e não pelo influenza”, esclarece o médico e professor.  

No caso específico das crianças, além do confinamento, ele chama atenção para o fato de muitas delas terem rotina excessiva de atividades. “Muitas crianças têm agenda e vida social incompatíveis com a idade. Ficam cansadas e isso pode afetar a imunidade. Além disso, ficam expostas à convivência em muitos grupos, o que aumenta as chances de contágio”, explica Paulo Cesar Guimarães, que é membro do Comitê de Infectologia da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro.

O que diferencia a gripe do resfriado é a intensidade de sintomas e o local das vias respiratórias afetadas. Em geral, nos quadros de gripe os sintomas são mais intensos e no resfriado são mais leves e têm uma menor duração. Na gripe pelo vírus influenza a agressão pulmonar é frequente, com a Síndrome Respiratória Aguda Grave, frisa o diretor da Faculdade de Medicina de Petrópolis. Ele recomenda especial atenção nos casos de infecções das vias aéreas no inverno: “É importantíssimo buscar um serviço de saúde."

Nenhum comentário: