De acordo com a denúncia, Lineu tinha por função acompanhar,
fiscalizar e controlar a execução de contratos e convênios firmados com o DER.
A empresa Route integrava o Consórcio Guanabara, contratado em 2010 para
prestação de serviços de fiscalização de trânsito, de operação e gestão de
informações de trânsito nas vias sob jurisdição do órgão. Para tanto,
apresentou a proposta de leitura de placas de veículos em tempo real, por meio
de OCR e o monitoramento de estradas por motocicletas equipadas com câmeras.
Para desenvolver o sistema, Lineu forçou a subcontratação da
empresa Softharde Soluções, administrada por Andriano Martins, seu irmão, e que
tinha como sócia sua esposa, Juliana Castilho, ambos também denunciados.
Em
acordo de colaboração, os sócios e administradores da Route, incluídos na
denúncia, revelaram que, apesar de efetivamente prestar serviços, a Softharde
não tinha empregados e toda equipe de apoio era fornecida pela Route. Além dos
pagamentos de desenvolvimento do sistema, a Softharde também era usada pra
repassar valores a Lineu Martins.
Pelo serviço eram pagos R$ 51 mil por mês. Na análise das
movimentações bancárias, também foi identificado o repasse mensal de R$ 62,5
mil, por pouco mais de um ano, o que correspondia a cerca de 1% do valor do
contrato da Route com o DER, e a transferência, em sequência, dos mesmos R$
62,5 mil de Andriano para Juliana.

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