sábado, 17 de abril de 2010

Disputa embolada

Por Wilson Dias - O Dia

No Rio de Janeiro, candidatos ao Senado com patrimônio eleitoral próprio e que já exerceram cargos no Executivo correm riscos de não se eleger. A corrida sucessória é difícil. São vários postulantes com forte visibilidade junto ao eleitorado e testados nas urnas para apenas duas vagas.

O bispo Crivella (PRB), representante da Igreja Universal e do grupo Record de comunicações, tinha a vaga considerada garantida com seus 18% do eleitorado evangélico. A situação ainda é privilegiada, mas pode se complicar com o pouco tempo de televisão e com a entrada do ex-prefeito de Nova Iguaçu Lindeberg Farias (PT) na disputa pela Senado.

O ex-prefeito do Rio César Maia, que aparece em segundo lugar em algumas pesquisas de opinião, está coligado com o PSDB, governou a cidade por 12 anos, detém o nicho de eleitores de centro-direita e está na mídia com seu ex-blog criando fatos com suas análises políticas. No programa eleitoral, será âncora para bater nos programas do governador Sérgio Cabral e do ex-governador Anthony Garotinho. É forte candidato.

Lindberg Farias é a nova estrela política do PT, ao derrotar Benedita da Silva na prévia do partido com placar de 67% de preferência dos militantes. Lindberg entra na disputa para o Senado com chances reais de conquistar uma das vagas no Senado. Nas próximas pesquisas, ele ultrapassa a faixa de 10% na preferência do eleitorado.

O deputado Jorge Picciani (PMDB) é refém do poder da máquina das prefeituras e do governador Sérgio Cabral para viabilizar sua candidatura. O cenário é instável para todos enquanto o deputado Fernando Gabeira (PV) não decidir se rompe a aliança com Cesar Maia (DEM) e concorre a deputado federal.

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