O Jovem, o Descrédito e a Política

Por Marcelo Verly - vereador PSDB/NF:

Hoje é muito difícil encontrarmos jovens realmente interessados pelas questões políticas da cidade, do Estado e do País. Não especificamente a política partidária, mas o exercício da cidadania, a luta consciente por melhorias para as comunidades. E, sem a representatividade do jovem, sem a sua voz inquieta e crítica, as políticas públicas vão se distanciando cada vez mais desse importante segmento, que acaba chegando à maturidade desmotivado e desacreditado das ações da sua cidade, do seu estado, do seu país, simplesmente porque foram “esquecidos” na fase mais importante e crítica de suas vidas. Infelizmente, este afastamento contribuiu para a existência de diversas lacunas relativas a políticas públicas em favor dos jovens.

Tudo na vida é uma via de mão dupla. Jovens, não tão somente na questão da idade, mas também jovens de ideias, de criatividade, jovens de espírito, enfim, devem assumir de fato, e de direito, o seu lugar na condução dos destinos administrativos de seus Municípios. Para isso, a juventude tem que tomar o seu espaço e se posicionar na sociedade. Os jovens não podem ficar omissos, têm que acreditar na força, como instrumento de transformação. Independentemente da sua ideologia, do partido em que esteja, a juventude não pode se ausentar das discussões que envolvem o seu futuro. Participação em movimentos estudantis, grêmios, diretórios acadêmicos, acompanhamento das ações dos poderes executivo (Prefeitura) e legislativo (Câmara), fiscalizando, cobrando, sugerindo mudanças, são atitudes imprescindíveis à juventude e ao seu fortalecimento.

Enfrentei inúmeras barreiras quando jovem: a dificuldade do primeiro emprego, a falta de recursos financeiros da minha família para poder estudar, a dúvida relativa à escolha da profissão e da faculdade que cursaria. Em nenhum momento pensei em desistir, nem me desmotivei, pelo contrário, aprendi com as dificuldades e hoje na vida pública procuro fazer a minha parte para facilitar a vida das pessoas. E se eu tivesse deixado a minha cidadania de lado, talvez fosse impossível que estivesse aqui hoje chamando a juventude para assumir o seu espaço dentro da sociedade.

A política precisa se “oxigenar”. Precisa se encher de novas ideias, de criatividade, de dinamismo, precisa de jovens que renovem a política.

Ninguém pode representar melhor o jovem, do que ele próprio. Ninguém sabe melhor do que o jovem precisa, do que ele mesmo.

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Fonte: Blog do Verly