quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Agricultur​a financia produção de mel

Crédito com recursos do Tesouro Estadual vão incentivar a apicultura fluminense


A apicultura, atividade que envolve no estado 1.418 produtores, segundo censo da Emater-Rio, ganhou um importante reforço para o seu desenvolvimento. A secretaria estadual de Agricultura e Pecuária, através de seus programas de fomento, está concedendo financiamento para incentivar e modernizar o setor. A iniciativa visa permitir a melhoria das condições de manejo, coleta, processamento e envasamento do mel bruto e seus derivados utilizando as boas práticas de produção recomendadas pelos técnicos.

Assim, o produto chegará aos entrepostos de mel e cera com a qualidade necessária para ser bem manipulado, beneficiado e comercializado, melhorando a qualidade do produto no estado, maior centro consumidor de mel do país. Para o coordenador do programa e gerente de pequenos e médios animais da Emater-Rio, José Henrique Moraes, a medida também deverá aumentar os índices de produção e produtividade no segmento.

Para investimento, o financiamento tem o teto de R$ 30 mil, com três a cinco anos para pagamento, e de um a dois anos de carência. Já para custeio o limite é de R$ 10 mil, com até 18 meses para pagamento. Os recursos poderão ser aplicado na aquisição de insumos, serviços de mão-de-obra e aquisição de equipamentos. A linha de crédito, com juros de 2% ao ano e recursos do Tesouro Estadual, é a mesma já disponibilizada pela secretaria de Agricultura e Pecuária para fomentar a fruticultura, agroindústria familiar e bovinocultura de leite, entre outras.

Nesta primeira etapa o programa vai atender os produtores de Resende, Santa Maria Madalena, São Fidélis e Sumidouro, municípios que reúnem grande número de apicultores. Até 2013, todo o território fluminense deverá ser contemplado. Para se cadastrarem, os produtores interessados devem procurar os escritórios da Emater-Rio.

O coordenador José Henrique Moraes lembrou que por se tratar de uma atividade migratória em que os apicultores não tinham a propriedade da terra para dar como garantia, era difícil acessar a linha de crédito do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar).

- No financiamento do Governo do Estado o produtor deverá apresentar documento assinado pela Emater-Rio e pela associação local de apicultores comprovando estar na atividade a mais de dois anos, ter experiência no setor e parte da renda familiar proveniente da venda de mel e derivados. Caso não haja associação local de apicultores, a comprovação pode ser assinada pela direção da Federação de Apicultores, pela secretaria municipal de Agricultura ou pelo Sindicato Rural, a critério dos técnicos dos escritórios locais da Emater-Rio - informou.

Para o presidente da Federação de Apicultura do Estado do Rio de Janeiro (Faerj), Nelson Victor de Oliveira Filho, o fato de ser adaptado as características da atividade fazem do programa da secretaria estadual de Agricultura um grande facilitador para que os produtores tenham acesso aos recursos.

- Além disso, está sendo implantado com grande responsabilidade, envolvendo as associações de apicultores como avaliadoras - frisou.

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