O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) voltou a fazer duras
críticas à demora do governo federal em promover uma reforma administrativa que
reduza o tamanho da máquina pública brasileira. O senador, em pronunciamento na
sessão plenária de terça-feira (25), destacou que o País administrado pelo
PT possui o maior governo do mundo, com exceção da China, a se considerar a
quantidade de ministérios. Para Alvaro Dias, este modelo de governança fez
aumentar de forma desmesurada as despesas correntes do governo e limitou a
capacidade do Estado de investir produtivamente em setores fundamentais para a
sociedade como educação, saúde, segurança pública, desenvolvimento, entre
outros.
“Comparativamente à Alemanha e aos Estados Unidos, o número
de ministérios do nosso País é de aterrorizar, e não há governo com 39
ministérios. O Brasil se tornou ingovernável. E o anúncio da redução de
ministérios chega tardiamente, pois as consequências já são irreversíveis. O
desperdício se tornou um drama para o povo brasileiro nos últimos anos, em
razão do paralelismo que se estabeleceu, da superposição de ações e diante da
necessidade que teve o governo de ampliar a base aliada de apoio à sua gestão
de forma fisiológica. É evidente que, num momento de fragilidade política, o
governo Dilma não tem credibilidade ao anunciar a reforma”, disse o senador.
No seu pronunciamento, o senador Alvaro Dias detalhou o
requerimento que protocolou na Mesa do Senado, em que solicita informações ao
ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sobre os custos anuais com o pagamento de
juros, amortizações e financiamentos da dívida pública. Segundo explicou o
senador, de acordo com dados coletados no Portal Siga, Brasil, até o dia
10/08/2015 o governo federal destinou R$ 645 bilhões do orçamento para
pagamento de juros, amortização e refinanciamento da dívida pública. Como
lembrou Alvaro Dias, em 2014, o valor foi de R$ 979 bilhões, e para este ano de
2015, com a sequência de aumentos da taxa de juros, o custo do pagamento de
juros, amortização e refinanciamento da dívida pública deverá atingir valor
acima de R$ 1 trilhão, o que representa mais de 40% do orçamento da União.
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