Nova Friburgo 200 anos - por Antonio Fernando

Eu até cheguei a acreditar. Afinal, friburguenses de todos os calibres ameaçaram se reunir no Nova Friburgo Contra Clube para, juntos, pensar na cidade dos sonhos, dando asas à criatividade para preparar nossa cidade para comemorar 200 anos, em 2018. E lá fui eu, todo animado. Mas, qual o que. Como todas as boas idéias friburguenses, não vingou, micou, entrou água, não foi adiante. Puseram os pés pelas mãos, havia outros interesses por trás da "boa intenção" e o interesse político começou a mostrar suas garras. Deu no que deu. Mais uma idéia que foi por terra antes do nascedouro. Muita gente boa de gogó deitou falação, todo animadinho, só faltava cantar o hino "Friburguenses cantemos o dia", etc.

Parece que o estigma "terra do já teve e do já foi" continua dando as cartas. Quer ver?

- a Casa das Colônias está parada

- nenhuma casa da era da tragédia de 2011 foi demolida

- o Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU) inventado pelo Ministério da Cultura na Via Expressa está ruindo, paralisado

- O parque ecológico no Correio Dantas ficou no papel

- a Praça Getúlio Vargas está abandonada

- o Centro de Arte sumiu

- A usina de asfalto não tem asfalto

- o maior salário dos funcionários municipais é de 3 mil reais (nível superior)

- as câmeras da "cidade inteligente" estão multando de forma irregular

- a UPA de Conselheiro Paulino está sendo devolvida ao Estado por falta de dinheiro

- e por aí vai

Quando 2018 chegar, comemoraremos o frio no inverno e o calor no verão. E olhe lá.

Antonio Fernando é friburguense, jornalista, já atuou em vários veículos de comunicação e atualmente assina a coluna Radar do tradicional jornal a Voz da Serra