Mau atendimento de emergência nos telefones 192 e 193

Venho através desta reclamar do mau serviço emergencial que tem sido prestado na cidade de Nova Friburgo através dos telefones de emergência 192 e 193. Ontem (29/01/2008), no final da tarde, um irmão da igreja mostrou um homem idoso que havia se acidentado na rua e se encontrava ensangüentado e caído na Praça Demerval Barbosa Moreira. O mesmo também se achava alcoolizado. Sem demora, tentei seguidamente telefonar para os Bombeiros pelo 193 e, a princípio, não consegui contato (provavelmente porque deveria estar ocupado). Aproximei-me da vítima e, no mesmo instante, chegou também um agente de trânsito da AUTRAN que ligou do seu celular para o 193 e obteve a resposta de que não seria prestar o atendimento porque a viatura estava prestando um socorro no bairro Paissandu. Inconformado, resolvi novamente telefonar do meu celular e, desta vez, consegui contato, tendo o funcionário me respondido que não havia disponibilidade de atendimento por causa do socorro que estaria sendo prestado no Paissandu e também porque, segundo ele, outra equipe estaria tentando resolver um problema relacionado a um cão da raça “pit bull” solto, orientando-me a telefonar para o 192. Após inúmeras tentativas de contato do meu celular (o telefone de destino deveria estar ocupado), consegui falar com o atendimento no 192. Porém, a agente pública que atendeu a ligação simplesmente disse que não seria possível socorrer aquele senhor na praça porque, segunda ela, o hospital só atende chamados de emergência e me deu uma insuficiente justificativa de que faltaria médico para acompanhar a ambulância. Finalmente, procurei a guarda municipal e dois agentes vieram comigo para tentar ajudar a vítima que, estando alcoolizada e com dificuldades de expressão recusou-se a ser conduzido para a secretaria de ação social para lavar seus ferimentos, sendo que nenhuma providência prática foi tomada para remover da rua uma pessoa ferida e que estava em estado de embriaguez. Por sua vez, a maioria dos transeuntes mostravam-se indiferentes àquela situação. Tendo eu me ausentado por alguns instantes do local (não tinha condições de remover o homem dali sozinho e transportar ao hospital), quando retornei soube por uma das pessoas próximas ao ponto de ônibus que a vítima já havia se levantado e voltou a perambular pelas ruas da cidade embriagado e portando uma garrafa de cachaça nas mãos. Sendo assim, senti-me profundamente indignado com o péssimo atendimento emergencial prestado na minha cidade, tendo em vista que o mesmo pode vir a ocorrer com qualquer pessoa que se acidentar na rua, pois, pelo que me foi passado, os bombeiros só teriam duas viaturas ou equipes disponíveis para ajudar, além de uma má vontade em pedir o auxílio de outras forças. Por sua vez, o atendimento de saúde tem se mostrado verdadeiramente omisso quando recebe chamados sobre pessoas acidentadas nas vias públicas. Portanto, tendo em vista a gravidade dessa situação, desejo que providências urgentes sejam tomadas para resolver essa situação na cidade.