As marcas do temporal do dia 12 ainda são visíveis em Riograndina, distrito de Nova Friburgo que se desenvolveu no entorno de uma estação de trem construída em 1876. A enchente desviou o curso do rio que corta o bairro, destruindo a base de sustentação do pontilhão de ferro e levando mais de um metro de lama para dentro da estação, tombada pelo Inepac. As casas no entorno, muitas do início do século 20, ainda estão sem luz, já que há postes caídos pelo caminho. O assessor do Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da prefeitura de Friburgo, Luiz Fernando Folly, teme pelo pior, já que a sustentação da estrutura é precária. Técnicos do Inepac já vistoriaram o local.
Fora do centro histórico de Riograndina, ainda existem ruas alagadas, duas semanas depois da tragédia. Segundo moradores, as redes de esgoto se romperam
O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, confirmou na quarta-feira que o Centro de Tratamento de Resíduos de Friburgo foi atingido pelas chuvas. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) vistoriou o local e constatou que a estação de tratamento de chorume (água proveniente do lixo em decomposição) foi destruída.
As buscas por corpos continua em Friburgo.Na tarde de quarta, bombeiros auxiliados por militares do Exército encontraram quatro corpos soterrados no Condomínio do Lago, no bairro de Conquista, às margens da RJ-130 (Teresópolis-Friburgo). No condomínio nove pessoas morreram. Apenas o corpo de uma criança de 1 ano e 7 meses ainda não foi encontrado.
O Globo
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