Única mulher da bancada tucana no Senado, a senadora Lúcia Vânia(PSDB/GO) fez, na quinta-feira(08/03), uma avaliação do espaço feminino no Brasil. Lúcia Vânia alertou que embora ocupe cada vez mais espaço, “ainda há muito a conquistar”. A senadora do PSDB observou que, embora o Brasil tenha uma mulher na presidência e dez ministras, a atual bancada feminina no Congresso Nacional “é irrisória”.
“Na Câmara Federal, com 513 cadeiras, apenas 45 são ocupadas por mulheres, ou seja, 8,77%. No Senado, das 81 cadeiras, apenas 12 são ocupadas por senadoras”, enfatizou.
Lúcia Vânia destacou que o Mato Grosso do Sul foi o único estado onde as candidaturas femininas alcançaram o patamar acima dos 30% legalmente previstos na Constituição: 32,86%. Goiás, citou, obteve 9,02% de candidatas mulheres; Pernambuco (7,87%) e Bahia (11,46%) apresentaram os piores desempenhos do País.
“É bem verdade que, se compararmos com a situação de 30 ou 25 anos atrás, quando a participação feminina era quase nula, houve um avanço. Mas o ritmo desse avanço é lento e estamos ficando para trás, nas comparações internacionais”, afirmou, acrescentando que a Argentina, por exemplo, tem 40% de seu parlamento ocupado por mulheres e que em alguns países escandinavos essa proporção se aproxima dos 50%. Lúcia Vânia chamou atenção de um dado divulgado pela organização internacional União Interparlamentar, que fica em Genebra, na Suíça: o Brasil ocupa a 146ª posição num ranking de participação de mulheres nos parlamentos em 192 países do mundo. “Os dados mostram que temos um longo caminho a ser percorrido”, frisou. Como solução, a senadora tucana defende uma reforma política que democratize de fato as estruturas partidárias.
“Os partidos são anacrônicos. São estruturas voltadas inteiramente para o homem. A mulher tem muita dificuldade de romper essa barreira e isso dificulta sua ascensão”, argumentou.
Assessoria de Comunicação da Liderança do PSDB no Senado
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