Os gastos do governo federal com cartão corporativo
aumentaram R$ 3 milhões quando comparados aos do ano passado, alta de 6,8%. O cálculo foi feito a partir
dos valores gastos nos meses de janeiro até setembro de 2013 e de 2014.
A Presidência da República ocupa o primeiro lugar no ranking
dos que mais gastam com o cartão corporativo. O órgão, que possui internamente
14 unidades orçamentárias que efetuam compras por meio do cartão, executou, até
agora, R$ 15,6 milhões.
As duas unidades orçamentárias que mais gastaram com o
cartão corporativo foram a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a
Presidência da República, responsáveis por 32% do total. Até agora, a Abin já
utilizou R$ 7,7 milhões, sendo que absolutamente todo o valor foi aplicado de
forma sigilosa.
Os dispêndios são considerados sigilosos, segundo o governo
federal, por conterem informações protegidas, pela lei, para garantia da
segurança da sociedade e do Estado. Já a Presidência da República executou
99,1% dos R$ 7 milhões gastos com o cartão de maneira sigilosa. Isto é, apenas
R$ 64,4 mil foram declarados.
O Ministério da Justiça ocupa o segundo lugar no ranking dos
órgãos que mais gastam pelo cartão. Até setembro, o desembolso da Pasta atingiu
a marca de R$ 10,6 milhões. Vinculado ao ministério, o Departamento de Polícia
Federal foi o que mais se beneficiou do cartão, com R$ 10,3 milhões creditados.
Em seguida está o Departamento de Polícia Rodoviária, com R$ 70 mil.
Curiosamente, a terceira unidade orçamentária, dentro do
Ministério da Justiça que mais utilizou de recursos para pagamentos imediatos
foi o Fundo Penitenciário Nacional (Funpen). Mais precisamente, a maior parte
da verba foi destinada a prisão de Campo Grande (MT). Quatro pessoas dentro
deste presídio tem acesso ao “dinheiro de plástico”.
O Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão é o terceiro maior usuário do cartão
corporativo (R$ 4,3 milhões). E, em quarto lugar, está o Ministério da
Educação, com gastos que chegam a R$ 3,8 milhões.
Mais da metade: sigilosos
Informações do Contas Abertas, onde a matéria pode ser conferida na íntegra -> Clique aqui
Observação do blog: Para não ter que dar transparência aos gastos, a justificativa não podia ser melhor - Os dispêndios são considerados sigilosos, segundo o governo federal, por conterem informações protegidas, pela lei, para garantia da segurança da sociedade e do Estado.
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