Agricultores e Prefeitura estão comemorando o volume recorde
de mercadorias que vem sendo negociado na Ceasa do município. A Central de
Abastecimento atingiu recentemente o número expressivo de 23.412 caixas, o que
reforça ainda mais o bom desempenho do setor nos últimos anos. Atualmente,
Friburgo produz e negocia 118 itens, entre eles legumes, frutas, hortaliças e
oleoginosas.
Há trinta anos, a Ceasa concentrava um grande volume de
negócios e chegou a ser considerada o maior mercado do gênero na América
Latina. No passado, 80% das mercadorias eram negociadas no próprio local mas,
com o passar do tempo, as empresas de negociação a varejo passaram a comprar
diretamente nas fazendas. A central foi perdendo espaço para produtores da
cidade de Teresópolis, ficando apenas com cerca de 5% dos compradores.
Para reverter esta situação, uma comissão se mobilizou para
retomar os negócios da central. Na época, o gerente do local propôs que cada
agricultor levasse quatro caixas para serem negociadas no dia combinado. No
início, alguns produtores voltavam para casa com as quatro caixas, outros
conseguiam negociar algumas delas. Os que vendiam as quatro, passavam a levar
mais caixas, na expectativa de vender ainda mais. Isso sempre às quartas e aos
domingos. E isso foi multiplicando: de 4 para 8, de 8 para 16 e assim por
diante, até atingir números de negócios satisfatórios. Assim, a Ceasa conseguiu
se reestruturar, passando de 4 compradores para mais de 70. E os agricultores
têm se mostrado satisfeitos, pois os preços praticados estão compatíveis com os
custos da produção.
O secretário de Agricultura do Município, Selmo de Oliveira
Santos, disse que este é um ganho de extrema importância para Nova Friburgo. “A
Prefeitura está vendo este aumento com bons olhos, afinal, parte do dinheiro
proveniente da venda de gêneros agrícolas volta a circular dentro da cidade,
movimentando consideravelmente a economia. Para se ter uma ideia, 60% do valor
negociado vai para o exterior, para se pagar adubo, agrotóxico e sementes. Dos
40% que fica, 95% é gasto no comércio daqui, de Nova Friburgo. Então se a
agricultura quebrar, enfraquece também o comércio local” – destacou o
secretário.
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