domingo, 10 de abril de 2016

Ceasa de Nova Friburgo atinge volume recorde de produtos para negócio

Agricultores e Prefeitura estão comemorando o volume recorde de mercadorias que vem sendo negociado na Ceasa do município. A Central de Abastecimento atingiu recentemente o número expressivo de 23.412 caixas, o que reforça ainda mais o bom desempenho do setor nos últimos anos. Atualmente, Friburgo produz e negocia 118 itens, entre eles legumes, frutas, hortaliças e oleoginosas.


Há trinta anos, a Ceasa concentrava um grande volume de negócios e chegou a ser considerada o maior mercado do gênero na América Latina. No passado, 80% das mercadorias eram negociadas no próprio local mas, com o passar do tempo, as empresas de negociação a varejo passaram a comprar diretamente nas fazendas. A central foi perdendo espaço para produtores da cidade de Teresópolis, ficando apenas com cerca de 5% dos compradores.

Para reverter esta situação, uma comissão se mobilizou para retomar os negócios da central. Na época, o gerente do local propôs que cada agricultor levasse quatro caixas para serem negociadas no dia combinado. No início, alguns produtores voltavam para casa com as quatro caixas, outros conseguiam negociar algumas delas. Os que vendiam as quatro, passavam a levar mais caixas, na expectativa de vender ainda mais. Isso sempre às quartas e aos domingos. E isso foi multiplicando: de 4 para 8, de 8 para 16 e assim por diante, até atingir números de negócios satisfatórios. Assim, a Ceasa conseguiu se reestruturar, passando de 4 compradores para mais de 70. E os agricultores têm se mostrado satisfeitos, pois os preços praticados estão compatíveis com os custos da produção.

O secretário de Agricultura do Município, Selmo de Oliveira Santos, disse que este é um ganho de extrema importância para Nova Friburgo. “A Prefeitura está vendo este aumento com bons olhos, afinal, parte do dinheiro proveniente da venda de gêneros agrícolas volta a circular dentro da cidade, movimentando consideravelmente a economia. Para se ter uma ideia, 60% do valor negociado vai para o exterior, para se pagar adubo, agrotóxico e sementes. Dos 40% que fica, 95% é gasto no comércio daqui, de Nova Friburgo. Então se a agricultura quebrar, enfraquece também o comércio local” – destacou o secretário.

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