domingo, 19 de junho de 2016

Café da Região Serrana passa por diagnóstico que utiliza protocolo internacional de qualidade

Pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA), que fica em Minas Gerais, estão realizando, nesta semana, um estudo para avaliar o potencial qualitativo do café produzido nos municípios de Bom Jardim, Duas Barras e Trajano de Moraes. O objetivo da pesquisa é verificar se o nível de qualidade do café da Região Serrana atende os requisitos do mercado de cafés especiais. A iniciativa faz parte de um convênio firmado entre o Sebrae/RJ e a Prociência Desenvolvimento de Projetos como parte do plano de ações desenvolvidas pelo programa “Sebrae Café Especiais”, que acompanha o polo produtor da região.

De acordo com a analista do Escritório Regional Serrana I do Sebrae/RJ, Márcia Moreira, essa avaliação é muito importante para atestar cientificamente a qualidade do café da região. “O foco dessa iniciativa é a descoberta dos atributos que envolvem a qualidade superior e a distinção do café em nossa região. Com isso é possível atribuir e agregar valor ao produto, contribuindo para que os agricultores sejam incorporados com mais facilidade no mercado de cafés especiais, potencializando o setor e, consequentemente, a economia local, já que o plantio do café compõe uma vasta cultura na região”, destaca.

A pesquisa, que está sendo desenvolvida por uma equipe de técnicos da UFLA, vai acompanhar a colheita e coletar amostras de frutos originados de diferentes materiais genéticos e ambientes de cultivo. A qualidade do café será comparada com as amostras colhidas na safra de 2015 e avaliadas de acordo com teor de água, defeitos, formato e tamanho do grão.

Juízes certificados de cafés especiais também farão uma análise sensorial, utilizando o protocolo internacional da Associação Americana de Cafés Especiais. Para a avaliação sensorial, serão degustadas cinco xícaras representativas de cada amostra e conferidas notas aos seguintes atributos: fragrância, acidez, corpo, sabor, finalização, doçura, uniformidade, xícara limpa, equilíbrio e nota final.

A equipe técnica de estudo é liderada pelo professor Flávio Borém, do Departamento de Engenharia da UFLA. Suas pesquisas têm alto impacto no mercado de cafés especiais e são referência em fóruns e eventos nacionais e internacionais sobre o produto.

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