No Senado: O PT vive um dilema em relação à eleição para a presidência
do Senado, que acontecerá no dia 2 de fevereiro. Os petistas temem aumentar seu
isolamento, caso não respeitem a tradição da Casa de eleger presidente um
senador do partido com a maior bancada, no caso o PMDB. Por outro lado,
senadores do PT receiam que o apoio à candidatura de Eunício Oliveira (PMDB-CE)
provoque um desgaste junto à militância e aos movimentos sociais, por ir na
contramão do discurso de que a ex-presidente Dilma Rousseff foi vítima de um
golpe dos peemedebistas.
Segundo petistas, Lula defende o apoio a Eunício,
argumentando que seria muito ruim o PT perder cargos na Mesa Diretora do Senado
e o comando de comissões relevantes, como ocorreu na Câmara em 2015. Ainda de
acordo com integrantes do PT, Lula tem afirmado que não quer repetir esse erro.
A tendência do PT é apoiar Eunício, mas não há consenso.
Na Câmara: PT já negocia espaço na Mesa Diretora e
principais comissões
Pelo tamanho de sua bancada, a segunda maior, com 58
deputados, o PT deseja ocupar a primeira secretaria, responsável pela área
administrativa, uma vez que o PMDB, com 65, deve optar pela primeira
vice-presidência. A reivindicação foi levada em conversas nesta semana com o
atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e com Jovair Arantes (PTB-GO), nome
forte do “centrão”.
Na avaliação dos petistas, Maia é favorito e, portanto, tem
maior condição de cumprir o acordo. Mas para fechar a negociação com o atual
presidente, ou seja, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o PT terá de deixar sem apoio André Figueiredo (PDT-CE), que se
lançou semana passada. Os petistas mais pragmáticos defendem que é mais
importante para a legenda uma composição que lhes assegure espaços de poder do
que uma candidatura oposicionista que seria apenas “para marcar posição”.
Dureza, hein!
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