quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Ex-assessor especial de Cabral tem prisão preventiva decretada

A pedido da força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro, o agente fazendário Ary Ferreira da Costa Filho teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, para ampliar as investigações sobre a organização criminosa liderada pelo ex-governador Sérgio Cabral. A ordem de prisão e o mandado de busca e apreensão em nove imóveis foram cumpridos nesta quinta-feira, 2 de fevereiro, pela Polícia Federal (processo 0510300-33.2016.4.02.5101).

Os nove procuradores da força-tarefa classificaram Ary Filho como “um dos operadores financeiros mais importantes” da organização chefiada por Cabral. As investigações apontam que Ary Filho e outro ex-assessor do ex-governador, Carlos Miranda, cometeram lavagem de ativos usando a LRG Agropecuária (antiga consultoria GRALC) e as concessionárias de automóveis Eurobarra e Americas Barra. O MPF considerou a consultoria um empreendimento peculiar, pela notável oscilação do faturamento entre 2007 e 2015.

A proximidade entre Ary Filho e Cabral é demonstrada pelas sucessivas nomeações para assessorar o político na Assembleia Legislativa (1996), Senado (2004) e governo do Estado (2007 e 2010). O assessor especial do ex-governador pediu sua exoneração em julho de 2010 e retornou ao cargo em outubro, após a campanha à reeleição. Ele se manteve nesse cargo no governo Pezão, do qual pediu sua exoneração depois do oferecimento da denúncia da Operação Calicute, em dezembro passado.

Bloqueio de bens – O MPF também teve atendido o pedido para tornar indisponíveis sete imóveis, na Barra, Recreio, Freguesia e Búzios, e dois automóveis (um Chevrolet Camaro 2014/15 e um Jeep Grand Cherokee 2015/15) em nome do investigado. A Justiça ainda ordenou o bloqueio cautelar dos mais de R$ 8,8 milhões já depositados por Ary Filho nas contas da Eurobarra e Americas Barra. Sua finalidade é assegurar eventual reparação dos danos decorrentes dos crimes cometidos.

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