Os crimes de lavagem de dinheiro cometidos pelo grupo
criminoso foram descobertos a partir de colaboração premiada, em que foram
apresentadas provas de transações no valor de R$ 10,17 milhões, ocorridas entre
30 de agosto de 2007 e 28 de setembro de 2015. Os conjuntos de atos de lavagem
de dinheiro narrados tinham por objetivo converter os recursos de propina em
ativos de aparência lícita e/ou distanciar ainda mais de sua origem ilícita o
dinheiro derivado de crimes de corrupção praticados pela organização criminosa.
Além dos R$ 3,4 milhões pagos à GRALC/LRG Agropecuária, a
título de consultoria, a denúncia revela que os integrantes do esquema
ocultaram a propriedade de um Camaro 2SS Conversível, avaliado em R$ 222,5 mil
e de uma Grand Cherokee Limited, avaliada em R$ 212,8 mil, bem como de sete
imóveis no valor de R$ 6,3 milhões. Ary Filho era o responsável pela entrega do
dinheiro em espécie, que depois era utilizado pelos colaboradores para pagar os
serviços de fachada e adquirir os carros e imóveis em nome de suas próprias
empresas.
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